No dia 23 de Setembro de 1999 nasceram 5 irmãos cachorrinhos
Golden Retriever. Dois machos e três fêmeas.
Ao fim de um par de meses os machos estavam maiores que as
irmãs e um cabeçudo foi para uma loja de animais.
Entretanto foi ao criador uma senhora que queria oferecer um
cachorro como prenda de Natal aos filhos, uma menina de 6 anos e um menino de
3. Na verdade também seria uma prenda para ela que sempre gostou de cães e
sempre os teve na infância. A senhora queria um macho e o criador só tinha lá
as cachorrinhas de momento. Mas prometeu-lhe o cabeçudo que estava numa loja.
Quando a senhora o foi buscar ficou admirada com o tamanho
daquele cão, mas achou-o um amor e trouxe-o com ela na véspera de Natal. Ele
foi no lugar de pendura, sempre irrequieto.
Ficou fechado em casa enquanto a família estava na consoada
natalícia na casa da avó paterna dos meninos e quando estes chegaram a casa foi uma
grande festa, com muitos abraços, festas e mimos à mistura.
Ficou a viver na garagem por ainda ser pequeno e no período
em que lá esteve entreteve-se roendo pedais de bicicleta, carrinhos e fazendo
xixi nos pneus do carro (só fazia nos jornais quando os donos estavam a ver).
Foi crescendo e passou a viver numa área grande e só para
ele no quintal. Com uma casota que foi construída para ele e com paletes que os
construtores deixaram, nas quais ele gostava tanto de dormir que os donos não tiveram
coragem de as tirar.
Adorava brincar com os meninos, correr pelo quintal e
jardim, pedinchar por comida, receber festas de qualquer pessoa, caçar ratos e
toupeiras e passear.
Era um cão esperto. Aprendeu a sentar, a comunicar com os
donos quando queria ir para a rua, a brincar às escondidas dentro de casa
quando a dona lhe tapava os olhos e depois perguntava “Onde estão os meninos?”.
Não aprendeu a largar a bola porque quando a dona o tentava ensinar, aparecia
um dos meninos a correr atrás dele para lhe tirar a bola. E como ele adorava
essa apanhada.
Tinha medo de foguetes e trovoada, mas dentro de casa sentia-se
em segurança.
Estava com a família na cozinha ao jantar e já sabia que a
seguir ia ser a sua vez de comer. Aos Domingos ia ao almoço para a sala de
estar como os restantes convidados.
Foi pai de 8 cachorrinhos lindos, 3 machos (sendo um deles
tão cabeçudo como ele em bebé) e 5 fêmeas.
Foram passando vários anos nesta alegria, os meninos foram
crescendo e tinham menos tempo para brincar com ele. Mas mesmo assim recebia
mimos e brincadeira todos os dias.
A sua corrida foi-se tornando mais lenta e ficava cansado
mais depressa. Mas continuava um traquinas e sempre bem disposto.
Fez 15 anos e um mês depois foi-lhe diagnosticado um tumor,
um malvado carcinoma das glândulas dos sacos anais.
Devido à sua idade, explicaram à dona que que não
aconselhavam a operação. Principalmente estando ele tão bem disposto e bem para
a idade.
Até que 8 meses depois houve um dia em que as suas patas
falharam. Já não conseguia andar e tinha algumas dores.
A veterinária receitou-lhe analgésicos para as dores,
anti-inflamatório e antibiótico. Ficou a descansar na garagem, onde tinha
estado em bebé.
Duas noites depois, em que só estavam a menina e a dona em
casa, começou a ter dores muito fortes. Chorou, mas a dona e a menina não lhe
conseguiam apaziguar a dor.
Foi então numa última viagem de carro. A dona a conduzir mas
desta vez a menina no lugar de pendura. Chegou à clínica, a veterinária deu-lhe
um sedativo para dormir. E depois, com outra injeção, acabaram as dores.
Era uma vez um cachorrinho, que quero acreditar que teve uma
vida muito feliz. E a menina, assim como todos os membros da casa e as pessoas
que o foram conhecendo adoraram o cachorrinho desde o primeiro ao último dia.
Descansa em paz meu Rodolfo.
Bonito elogio ao Rodolfo meu amor! Até com pessoas que conhecia à pouco tempo era super simpático :)
ResponderEliminarEle também nunca se vai esquecer da família linda dele!
Your master;
<3
Fogo :( coitadinho, ainda bem que teve uma vida muito feliz!!! E muita força para ti!!
ResponderEliminarum beijinho para a menina e um xi<3 força!
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