Na 2ª feira vi no Facebook da artista Carol Rossetti, responsável pelo famoso projecto "Mulheres", que ela estava em Portugal para lançar o seu livro em terras lusitanas.
Fiquei super contente por saber que existem muitos mais como eu aqui no nosso cantinho da Europa a seguir o seu trabalho, e ainda mais por uma editora portuguesa, a Saída de Emergência, também ter tido interesse em publicar o livro dela.
Quando vi que era em Belém, torci o nariz... Será que conseguiria sair da faculdade às 17h e chegar atempadamente às 18.30h para não perder pitada? Segundo o Google Maps sim, portanto lá fiz os meus planos para ir, mesmo sem companhia.
Entretanto o meu namorado teve os planos desmarcados e veio a correr para se sentar ao meu lado, enquanto eu folheava e lia a introdução do livro que tinha comprado à porta por 12€.
Quando vi a Carol fiquei super feliz. Acho que quando gostamos mesmo do trabalho de alguém, sentimos sempre que um "like" ou um "follow" não são suficientes para demonstrar ao artista o quanto eles inspiram a nossa vida. Mas ser olhada nos olhos daquela pessoa que, como ela própria já confessou, tem sempre a insegurança de que ninguém apareça, deu-me a sensação de que não era o livro que tinha nas mãos que iria mostrar o meu apoio, mas sim os meus sentidos a absorverem toda a sua presença.
A apresentação foi feita pela Catarina Furtado, após uma introdução pelo editor e pelo responsável da Biblioteca Municipal de Belém, que foi como representante da Associação Corações com Coroa. A Catarina tentou direccionar o tema mais para a discriminação contra as mulheres, mas como a Carol refere (e o editor também), ela utilizou mulheres nas suas ilustrações, mas também poderia ter utilizado homens ou ambos. O que ela defende é que se tem de começar a reflectir contra o preconceito e estereótipos que a sociedade nos impõe. Que enquanto feminista, não quer "convencer" ninguém, mas sim abrir diálogo com calma e deixar as pessoas reflectirem um pouco sobre as coisas. Que não é fácil para alguém quando se apercebe que magoou ou foi incorrecto com pessoas, provavelmente de quem gosta, porque sempre lhe ensinaram um certo modo de ser e estar, que não será o mais correcto. É preciso tempo, calma e partilha para as coisas acontecerem e a Carol não quer atacar ninguém. Apenas quer que as pessoas se comecem a respeitar a elas próprias e ao próximo, com compreensão, dignidade e empatia.
De qualquer maneira adorei saber como começou o projecto, como é que a Carol faz a pesquisa por detrás de todas as ilustrações e de como considera que, estando numa posição privilegiada (como mulher de classe média de uma famíla não conservadora) pode ajudar quem não consegue ter a sua voz ouvida ao mostrar às pessoas como é estar na sua pele, através de imagens e mensagem tão bonitas.
Já conheciam este projecto e a ilustradora?
O resto de uma óptima semana!
Com amor,
A Marquesa
Claro que conhecia. Adoro o trabalho dela!
ResponderEliminarFico muito contente que tenhas gostado!
ResponderEliminarEu gostei!
Your master;
<3
Acho que já tinha visto algumas ilustrações dela em páginas feministas mas não conhecia a Carol em si. Acho que agora vou conhecer e acompanhar mais de perto :p
ResponderEliminarNão conhecia, mas vou já coscuvilhar !
ResponderEliminarEu não conhecia mas esta publicação deixou-me muitoooo curiosa! :)
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