domingo, 29 de janeiro de 2017

Cirurgia

O primeiro contacto que tive com um bisturi e restante material cirúrgico foi em aulas de Anatomia. Para conhecermos os diferentes músculos, vasos e nervos tínhamos que dissecar os cadáveres à nossa frente. Uma espécie de desconstrução de uma máquina para perceber as diferentes peças e a forma de como se encaixam para um perfeito funcionamento. 
Anos depois começámos então a treinar as técnicas cirúrgicas para a resolução de certos problemas e as suturas (que para alguém que nunca teve jeito para artes manuais era giríssimo andar com a agulha e linha a cozer um pedaço de fato de surf). No semestre seguinte com a ajuda dos professores passámos então para castrações e esterilizações de animais reais. Que nervosismo ao ver as mesmas peças, desta vez num corpo que respira, sangra e se repara. 
Embora gostasse nunca achei que tivesse o mínimo de jeito e com a falta de oportunidades fui deixando de pensar nisso. 
Porém no local de estágio tenho ajudado os cirurgiões e feito algumas partes destas cirurgias menores. Tem-me sabido muito bem ver as minhas mãos ganhar cada vez mais firmeza, os dedos já saberem a dança para fazerem os diferentes nós, a mente que de maneira quase automática já sabe qual o passo a seguir. Ainda não me sinto à  vontade para fazer tudo sozinha, mas saber que com a prática e disciplina não é difícil melhorar motiva-me imenso.


Desejo-vos uma óptima semana!

Com amor,
Catarina

2 comentários:

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