Como
primeira convidada, trago-vos a minha amiga Mariana, do blogue de fotografia “Mariiana Capela”. É uma mulher dos sete ofícios: tem um trabalho a tempo inteiro, fotografa em
part-time e de momento está a frequentar um curso de Informática. Nisto tudo ainda consegue
encaixar os passeios pela floresta com os seus cães, Bolacha e Lì, e o seu
namorado, com quem vive actualmente na Bélgica.
Em primeiro
lugar, obrigada por teres aceite o convite e seres minha cobaia nesta
experiência. Antes de passarmos aos teus "cãopanheiros" atuais, podes
dizer-me como foi a tua experiência com animais de estimação na infância e
adolescência?
Quando era miúda tinha imenso medo de cães e
berrava quando via um, era quase como ver um "demónio". O meu pai teve a estranha
ideia de me obrigar a deitar a minha cabeça em cima do Golden Retriever dele
para eu ver a reacção do cão. Ele já sabia o feitio espectacular daquele cão,
que se deixou estar, e aos poucos fui perdendo o medo dos cães. Ironicamente, agora sou louca por eles! Sinto-me muito grata pela intervenção dele.
Na adolescência tive cães, mas eram
responsabilidade da minha mãe, não minha. Adoro-os muito, mas não se compara ao
amor que se tem quando são mesmo nossos. É outro nível.
A Bolacha foi
a primeira cadela com que tiveste a relação de cão-tutora? Como se escolheram?
Antes dela tive a Miminho, que foi morta por
caçadores com carne envenenada e vidro moído. Foi a primeira vez que senti a
dor horrível da perda de um animal. Ela era tudo para mim.
Depois dela ainda
tive a Mimi que morreu de parvovirose.
Escolhi a Bolacha porque era diferente de todos e
super patusca. Pareceu-me a mais frágil e como a dor da perda da Miminho e da
Mimi ainda estava tão presente, achei que podia proteger esta. Não sei…
apaixonei-me.
Na altura, devido a acontecimentos infelizes, a Bolacha teve um período de infância resguardada tanto do mundo exterior, como de interações sociais. Gostava que me falasses de como isso afectou a personalidade e comportamento dela nos primeiros anos.
Na altura, devido a acontecimentos infelizes, a Bolacha teve um período de infância resguardada tanto do mundo exterior, como de interações sociais. Gostava que me falasses de como isso afectou a personalidade e comportamento dela nos primeiros anos.
Ela tornou-se completamente anti-social. Não
aceitava qualquer tipo de pessoa ou animal e tinha imenso medo de ir à rua.
Durante dois anos trabalhei a sociabilidade dela com pessoas. Ainda não está
perfeito, reage mal a pessoas novas, mas basta uma festinha para ela confiar
enquanto antes eram precisas horas de trabalho à volta dessa pessoa.
Não podia sequer cheirar cães e tentava atacá-los.
Agora aceita facilmente cães pequenos e reage assim-assim a cães grandes,
porque infelizmente já foi atacada várias vezes por cães grandes desde que
iniciámos estes treinos.
Outro ponto igualmente importante é o facto de ela
não ter aprendido a brincar. Não roía nada, não corria atrás de nada, não
brincava com nada nem cão nenhum. Simplesmente não sabia o que isso era.
A Bolacha
está uma cadela diferente, cada vez mais sociável e confiante. Que tipo de
estratégias e treino utilizas para a tornar mais equilibrada e feliz?
Nada de mais… não sou profissional mas tento que
ela esteja o máximo de vezes possível com pessoas diferentes. Peço sempre para não terem
medo dela e darem-lhe logo festinhas. Ela ladra imenso, mas assim que alguém se
baixa sem medo e lhe dá uma festinha ela acalma-se. Relativamente a cães, fiz
pet-sitting durante muito tempo e ela era “obrigada” a conviver com cães
estranhos, mas sociáveis. Em pouco tempo aceitava-os e até os tratava,
lavando-os. Quando está mais desconfortável mas fora de perigo, peço-lhe para
fazer exercícios e recompenso-a com comida. Ela adora!
O Lì
juntou-se à família há pouco mais de um ano. Como é que surgiu a oportunidade
de adoptar este cachorro?
O meu namorado queria muito ter um cão. Tentámos
adoptar nas associações aqui da Bélgica mas é super difícil. Vimos a ninhada do Lì (em Portugal) para adopção e foi do género “Cães para adopção?! É
agora!”.
Tenho a certeza de que os pensamentos dela foram: “Quando
é que este pet-sitting vai embora?” “Tirem-me este mal-cheiroso daqui!”, “Acham
normal ele ter feito xixi na minha cama?!”, “Por favor, levem-me daqui!”. Ela
não o suportava muito, ele estava constantemente colado a ela, não a largava e
só queria dormir em cima dela…
Mas depressa se tornou mamã e começou a cuidar dele
e a ensinar-lhe os limites (embora não muito bem, visto que ele acabava sempre
por ganhar).
A Bolacha é uma diva. Gosta de estar perto de nós
(colada) mas é dona do seu nariz. Adora passear e pode andar quilómetros, ao
contrário do Lì.
O Lì é “parvo”, uma criança cheia de energia que
faz coisas das quais ninguém está à espera e que são definidas por “ser Lì”. É
muito companheiro, brincalhão, adora pessoas e é louco por cães.
O facto de ele ser tão brincalhão ajudou e mudou muito
a Bolacha. Passou de cadela que não sabe o que é “brincar” para uma que corre
pela casa atrás de uma bola, não descansa até destruir o brinquedo e até os
disputa com o Lì. São inseparáveis e adoram-se um ao outro.
Mais uma vez, um enorme obrigada à Mariana por ter partilhado uma parte tão especial da sua vida através de palavras e fotografias. Visitem o blog e sigam-na nas redes sociais (Instagram, Facebook) que vale mesmo a pena para trazer coisas bonitas e positivas à vossa vida.
Com amor,
Catarina
nem sei bem o que te dizer. Obrigada <3
ResponderEliminarO prazer de conhecer melhor os "miúdos" foi todo meu :)
EliminarGostei imenso da rubrica ^^, tem imensa qualidade! E as fotos são uma delícia. Dá vontade de os trazer para casa xD
ResponderEliminarEstrear a rubrica com uma fotógrafa que adora tirar fotografias aos seus cães dá um enorme gozo :)
EliminarObrigada e beijinhos!
Ora aqui está uma rubrica diferente :D
ResponderEliminarMuito bem conseguida!
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Fico feliz por teres gostado :)
EliminarBeijinhos!
PACHACHA! E LI! MELHOR POST ATE AGORA!
ResponderEliminarEu sei bem que é por aparecer o Fed :p
EliminarBeijinhos!
Gostei tanto desta estreia da tua rubrica! Acho que está super bem concebida, parabéns! :D
ResponderEliminarE adorei conhecer estes cãopanheiros tão bonitos e com uma história feliz juntamente com quem os ama.
Fico à espera de mais :D beijinhos
Fico mesmo muito feliz por teres gostado, obrigada!
EliminarA história é sem dúvida amorosa e a família também :)
Beijinhos!
Oh pah adorei! Vou seguir atentamente a Bolacha e o Li, são uns amores :)
ResponderEliminarObrigada!
EliminarFico contente por ter conseguido transmitir o quão amorosos estes dois são :)
Beijinhos!
awwww obrigada <3
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