Mais um trimestre, mais uma partilha de Favoritos.
Sei que desta vez vêm com mais de um mês de atraso, mas não me coíbo de fazer a publicação na mesma, visto ser das minhas preferidas de escrever e rever.
Vamos a isto?
Confesso que os meus hábitos de leitura foram piorando ao longo da estação. No início da Primavera aproveitava o início das minhas manhãs para me estender ao Sol no terraço e ler cerca de 10 minutos enquanto bebia um chá frio.
Li "O Vale dos Cinco Leões" de Ken Follet, um autor que raramente me desilude. É um romance interessante, cuja maior parte do enredo se passa durante a Guerra do Afeganistão. Como diferentes personagens estão em lados opostos desta guerra, dá-nos uma perspectiva interessante sobre a mesma. Não é o melhor livro do autor, mas é uma boa leitura.
Depois, recebi uns livros policiais que a minha mãe me enviou da nossa biblioteca caseira, que infelizmente quebraram-me o ritmo de leitura.
Por outro lado, nas idas mais recentes a casa dos meus pais tenho aproveitado para ler os livros de banda desenhada do universo de "Avatar: The Last Airbender", que adoro e me fazem sempre rir e matar saudades da minha série preferida. O meu preferido é, sem dúvida, "The Search" já que responde à grande questão que a série deixou sem resposta: O que aconteceu à mãe de Zuko?
Nunca me dediquei tanto à cozinha e a fazer receitas novas como durante o Estado de Emergência. Recorri aos supermercados online, mas também aos serviços de entrega de cabazes de frutas e vegetais - até porque no início os supermercados tinham 15 dias de espera pelas compras...
O serviço de hortícolas que se destacou pela positiva foi a Confraria da Horta, tanto pela qualidade dos produtos, quer pelo acondicionamento e preços.
No campo da restauração, o Uber Eats foi a companhia naqueles dias em que queríamos comida "de fora". Pela aplicação descobrimos o "Tjela", que já pedimos duas vezes cá para casa, já que as opções são deliciosas e saudáveis.
Não vi muitos filmes, mas os que mais me marcaram foram a "Kiki", que entrou para os meus "10 filmes do Studio Ghibli preferidos" e "Mulherzinhas", da realizadora Greta Gerwig, baseado no livro homónimo de Louisa May Alcott (opinião sobre o livro aqui), que me surpreendeu pela positiva, fazendo uma versão com um ponto de vista mais actual e interessante sobre o mesmo.
Em séries estreei-me e acabei de ver "Bojack Horseman", uma série que parece só mais uma comédia de animação leve e parva, mas que acaba por ganhar contornos bem mais aprofundados com temas como toxicodependência, doença mental, orientação sexual e relações humanas (mesmo quando muitos dos personagens são animais). As últimas temporadas então, são bem mais contemplativas e, a meu ver, muito mais interessantes e educativas. A série conta a história de Bojack, um cavalo ator que foi a estrela de um programa de sucesso nos anos 90, que tenta aos poucos voltar ao estrelato enquanto luta contra um passado menos bom e o alcoolismo.
Em várias publicações do movimento "Black Lives Matter", mencionaram a série "Dear White People", já que a mesma dá a conhecer várias perspectivas de personagens afro-americanas, num campus universitário supostamente "woke" para os problemas do racismo. Gostei bastante, até porque o ponto de vista vai mudando entre as várias personalidades da Universidade, mostrando que nem tudo é o que parece. Embora toque nos pontos sensíveis e tente explicar o problema de certas atitudes e expressões, também tem os problemas amorosos e de vida dos jovens universitários que dão uma certa leveza à série.
Por falar em leveza,vi "Never Have I Ever", uma série juvenil, da autoria da comediante Mindy Kaling. Conta a história de Devi, uma adolescente indiana que vive com os pais nos Estados Unidos da América. Devi perde o pai, com quem tinha uma relação muito próxima e tenta focar toda a sua atenção na sua (falta de) vida amorosa para evitar lidar com a sua perda. É uma série muito querida, divertida e que nos dá a conhecer também mais um pouco da cultura indiana em contraste com a ocidental.
Mais contrastante ainda, é a realidade da comunidade hassídica (judia), na minissérie Unorthodox, também da Netflix. É baseado na história de vida de Deborah Feldman, que nasceu numa comunidade ultraortodoxa em Brooklyn nos Estados Unidos da América, mas que foge para a Europa. Mostra-nos hábitos e rituais com que estamos pouco ou nada familiarizados e a realidade de muitas pessoas, rodeadas de modernidade e lutas pela igualdade a poucos metros de distância. A interpretação dos actores é excelente e, embora tenha cenas um pouco mais pesadas, é uma série que se vê mesmo muito bem.
No meu aniversário recebi produtos de higiene e cosmética da Mirística, uma marca portuguesa, vegana e com preocupação ambiental.
De todos os produtos os meus favoritos são o bálsamo hidratante de cacau e menta (sabe a chocolate After Eight!) e a Loção Refrescante After Sun. Esta última então, foi imprenscindível numa altura em que apanhei demasiado sol nos ombros...
Não houve grandes novos amores na minha playlist, mas o álbum Future Nostalgia da Dua Lipa acompanhou-me muitas vezes durante o exercício físico.
Harry Stiles também entrou para a minha playlist habitual, dando-lhe um toque de descontração veranil.
Dado a situação actual, obviamente não houve grandes passeios nesta Primavera de 2020.
No entanto, não posso deixar de destacar a visita aos meus pais no meu dia de aniversário. Já não estávamos juntos pessoalmente há mais de dois meses e foi um dia mais doce que o bolo de aniversário (que estava delicioso!).
Os diretos diários do Bruno Nogueira "Como é Que o Bicho Mexe" ajudaram a tornar menos pesada a fase em que vivíamos. Muitas foram as vezes em que eu e o meu namorado adormecemos ao som do karaoke do Nuno Markl, a rirmo-nos das novelas protagonizadas por Bruno Nogueira ou a apreciar a melodia escolhida pelo Filipe Melo. O episódio final foi o culminar e encerrar perfeito deste capítulo da nossa história.
Dediquei uma publicação a Animal Crossing: New Horizons, um jogo que adoro jogar e foi o lançamento perfeito para um altura em que viajar e fazer actividades ao ar livre estava severamente restringido. Dificilmente algum jogo o irá destronar dos meus favoritos nos próximos tempos.
Descobri o canal Madfit pelos desafios de exercício das canções populares da actualidade. A energia da Maddie é contagiante e a banda sonora motiva-nos a dar o nosso melhor. Os meus vídeos favoritos são os "Dance Party Workout", principalmente os das músicas da minha adolescência que me fazem esquecer que estou a fazer exercício e não numa discoteca a dançar com as minhas amigas.
Desejo-vos um óptimo fim-de-semana! Obrigada por estarem desse lado.
Com amor,
Catarina
Tudo coisas bué fixes!
ResponderEliminarTenho que reler O Vale dos Cinco Leões
ResponderEliminarOs diretos do Bruno Nogueira foram mesmo um pedaço de paz no meio deste caos