Favoritos Verão

Custa despedir-me do Verão, até porque ele parece não estar a querer despedir-se de nós. Não me estou a queixar, mas o meu humor melhora um pouco com a descida das temperaturas.
Foi um Verão bom, com direito a umas semaninhas de descanso e reencontros de pessoas que já não via e ouvia sem ser em ecrãs hã demasiado tempo.

Vamos a mais uns favoritos?

Sabem aqueles livros que demoram muuuuuito a arrancar? Não que estejam mal escritos ou que a permissa não seja interessante, mas que demoram até vos ter emocionalmente investidos neles? "O Tempo entre Costuras" é um deles.
A história de Sira, uma costureira de origens modestas que tem toda a vida planeada mas que acaba por dar uma grande reviravolta, com a eminente Guerra Civil é o sonho de qualquer pessoa interessada por romances históricos. O facto de a narrativa intercalar tanto Madrid, como Marrocos e Lisboa foi um dos apectos que mais pesou para me conquistar.
Se gostam de romance, espionagem e uns pozinhos de história, divirtam-se a acompanhar a grande aventura que é a vida de Sira Quiroga. Prometo que também vos irá conquistar e devorarão os últimos capítulos sem dar conta do tempo passar.

Depois de Wandavision, tinha expectativas altas para "Loki". Acho que o mais giro do Universo Marvel é o facto de ser tão mainstream que sentimos que estamos a ver juntamente com metade do mundo, tendo a partilha da experiência, emoções e memes nas redes sociais (e ao vivo, é um bom desbloqueador de conversa). Gostei imenso de ver mais do Loki, uma das personagens mais odiadas/amadas da Marvel. É uma série com comédia, emoção e reviravoltas, sempre com cenários e efeitos especiais incríveis e óptimos atores.

O meu regresso aos cinemas foi feito com a minha prima mais nova ao meu lado e fã de musicais de Lin-Manuel Miranda para ver o seu mais recente filme "In the Heights". Adoro ver musicais no cinema, em que somos envolvidos pela atmosfera e banda sonora do filme e durante duas horas acreditamos que na vida real começamos a cantar sobre a nossa vida e sentimentos do nada. Gostei imenso e deu para ter uma perspetiva da comunidade de emigrantes da América Latina em Nova Iorque.

Já tinha ouvido falar  muito bem da série "Vikings" que retrata as sagas de alguns dos mais famosos Vikings que ficaram na história, como Ragnar Lothbrok, Lagertha e Bjorn Ironside. É uma série muito bem feita, que representa os costumes dos nórdicos e sua mitologia, para além do enredo fazer da série viciante. Tem 6 temporadas e vê-se mesmo muito bem. Aviso só que é bastante violenta e confesso que me senti impressionada com algumas cenas.

Numa onda bem mais leve, vi Valéria. Sei que existem livros, mas a minha estante já está tão cheia de livros que comprei para ler (obrigada Feira do Livro) que pensei que mais valia ver a série que está na Netflix. É aceitar que uma vida humana não dá para ler tudo e temos que ir fazendo escolhas. É uma espécie de sexo e a cidade actual, mas espanhola. Devorei as duas temporadas num instante e espero que apostem na terceira temporada.

Bo Burnham teve mais um pico de popularidade com o seu novo especial de comédia para a Netflix, chamado "Inside" que retrata a crise de criatividade e de saúde mental que o comediante sofreu e viu agravar com o confinamento. O resultado é um retrato muito actual da geração Millenial, as nossas superficialidades e as tormentas com que me identifiquei. Mais ainda, identifiquei-me estereotipicamente demasiado com a aestethic do "White Woman's Instagram".

Continuo fã de champôs sólidos e, sabendo deste meu lado mais sustentável, a minha tia ofereceu-me um shampõ e condicionador da Lush no meu aniversário.

O condicionador já não sei qual era porque esqueci-me de guardar o nome quando abri o papel onde veio, mas adoro este champô. Faz imensa espuma, precisa-se de muito pouco para lavar o cabelo inteiro e é cor-de-rosa muito bonitinho.

A nível de guarda-roupa, novas aquisições. Perdi-me na Humana Vintage e trouxe 6 peças de roupa por 2€ cada uma. A saia precisou de um novo elástico que a minha avó não se importou de colocar e é a peça a que tenho dado mais uso.
Também herdei mais umas peças da minha mãe, mas devo dizer que a t-shirt com padrão étnico ganhou o meu coração e as cores alegram-me sempre.
Por último, já a pensar nos casamentos do ano que vem, comprei um vestido comprido da NEM, uma marca que usa tecidos deadstock de fábricas de têxteis e feitos à mão por uma costureira. Não bastava ser especial, também é muito bonito (e agora no final da estação ficou em promoção).

Tive direito a umas férias, propriamente ditas, como sentia que já não tinha há anos.
Fui para o Algarve, para um aparthotel com uma piscina muito apetecível perto da Meia-Praia, zona de Lagos. Não conhecia a zona, mas o areal é gigante e mesmo em pleno Agosto no Sul tinha-se imenso espaço na praia. Fiquei fã da zona e sei que quero voltar.

Também passeei por Lisboa com a minha prima irlandesa, que vem cá todos os anos mas que por lapso nosso, não conhecia a zona turística da cidade. Foi giro ir para as zonas que praticamente já não via desde os meus anos de faculdade. A rotina e a pandemia tinham dado cabo da minha versão Catarina, a Exloradora.

Falando em coisas que turistas vêem em Lisboa, há anos que dizia que adorava ir ao Cristo Rei na Margem Sul do rio Tejo e o meu namorado surpreendeu levando-me lá. É das vistas mais bonitas junto ao rio que já vi e sei que vou querer voltar lá um dia destes.

Regressei ao Nicolau, na baixa lisboeta, onde já tinha ido em tempos ao brunch. Serviu para lanchar com a minha prima quando fomos às pechinchas em segunda-mão na Humana. 

O chá gelado, para além de bonito, é delicioso. Doce, mas fresco. Já as panquecas (têm opção vegan) são saborosas mas dão para alimentar um batalhão, fiquei mesmo cheia.

Muito influenciada, pelo Tik Tok, algumas das músicas mais ouvidas desta estação foram o Stay de The Kid LAROI, Woman de Doja Cat, Rumours de Lizzo e Meet Me at Our Spot de The Anxiety.

Menção honrosa também para a banda sonora de um musical inspirado na série Bridgerton, feito por duas compositoras fãs da série da Netflix.

O que seria de mim se não tivesse mais um podcast para mencionar aqui? Desta vez falo do "Uma dose de vitamina C", um podcast que me faz muita companhia e diverte, não dando pela hora passar. Posso ou não conhecer pessoalmente alguns dos intervenientes, mas a minha opinião honesta é que é mesmo um show muito divertido.

Como ler e comprar livros são duas actividades muito diferentes, posso ter lido apenas dois livros esta estação, mas comprei livros que me chegarão até ao Verão de 2022.

Dois deles vieram da livraria Deja Lu, uma livraria de livros em segunda mão que fica na Cidadela de Cascais e cujos lucros revertem a favor da Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21.

Os restantes, foram adquiridos na Feira do Livro de Lisboa. É sempre um evento ao qual adoro ir e, se no ano passado devido à pandemia fui só comprar um livro que queria adquirir há algum tempo e retirei-me, desta vez foi palco de jantar de convívio e muitas compras (principalmente com os descontos da hora H).

Tenham uma óptima semana!

Com amor,

Catarina