domingo, 20 de junho de 2021

Vontade de fazer tanta coisa que acabo por não fazer nada

Sinto-me muito inspirada, cada vez que vejo alguém a iniciar ou a falar de um hobby.
Tenho muitos amigos que, agora que estão numa situação mais estável a nível de trabalho, procuram algo para "escapar" das responsabilidades e até onde pôr a funcionar o seu lado mais criativo.
Por outro lado, também tenho estado mais presente em algumas redes, como o Tik Tok, em que as pessoas partilham as suas paixões. É refrescante ver pessoas adultas que encontraram novos interesses e que dedicam parte do seu tempo a falar e a aprender mais sobre eles.
Já há quase um ano que tenho em mente criar um podcast. Tenho a introdução gravada e publicada (mas ainda não pública), tenho os temas de que quero falar e ideias para um espaço onde tirar dúvidas. Porém, quando gravei o episódio seguinte e vi que não ficou da maneira de que queria, desmotivei. Sei que vou acabar por conseguir gravar pelo menos os episódios da temporada que tenho pensada, mas como é da área onde trabalho, custa-me às vezes ir estudar ou pensar mais sobre o assunto quando o que quero é desligar de uma semana de ansiedades e pacientes mais complicados.
Tenho muito esta tendência em que, se não sou boa numa coisa à primeira, desmotivo em vez de trabalhar mais nela até conseguir fazer os básicos.
Gostava de (re)aprender a andar de patins, desta vez de quatro rodas em vez de patins em linha, para fazer passeios à beira rio e parecer elegante e ágil como as senhoras que vejo a dançar em vídeos. Mas sei que vou ter muitas quedas antes de conseguir andar em 10 metros, que sejam.
Gostava de bordar ou fazer ponto cruz, lembro-me de o fazer em EVT e gostar muito. É algo criativo, mas ao mesmo tempo com técnica. Sei que iria gostar de fazer coisas geeks, mas ao mesmo tempo também sei que é daquelas coisas que se errar um ponto, estrago o trabalho de horas.
Gostava de aprender língua gestual portuguesa, para conseguir conseguir alargar o leque de pessoas com quem comunico, mas sei que é preciso depois prática para não me esquecer dos vocábulos e já me estou a imaginar a esquecer de tudo como me aconteceu com a língua francesa, que aprendi durante 3 anos na escola.


Um dia vai ser o dia, espero.


Com amor,
Catarina



domingo, 13 de junho de 2021

"The Marvelous Mrs Maisel"

 A subscrição à Amazon Prime realmente está a valer a pena. Depois de devorar Fleabag e The Office nesta plataforma, vi a série que ultimamente tenho recomendado a toda a gente: The Marvelous Mrs Maisel.
Passa-se no final dos anos 50 em Nova Iorque, sendo o cenário e os figurinos lindos de morrer. Acompanhamos Mrs Maisel, tratada carinhosamente por Midge, uma dona de casa nos seus 20 e alguns anos, que vive para estar bonita, comprar vestidos e chapéus, dar festas e apoiar o marido (e de vez em quando ver os dois filhos pequenos).
O marido tem um emprego num cargo de chefia na empresa de um familiar, mas tem o sonho de conseguir fazer stand-up comedy, um sonho que Midge tenta ajudá-lo a seguir, vendo-o mais como um hobbie engraçado que o marido gosta de fazer algumas noites por semana.
Até que a vida dá uma reviravolta e, depois de uns copos, Midge dá um monólogo improvisado num palco e descobre que tem um talento natural para a comédia.
Adoro o sarcasmo presente no discurso das personagens, os diálogos rápidos e engraçados, mas também a grande dose de crítica social, com Midge a quebrar o preconceito que havia sobre mulheres e comédia. 
Os episódios são de 40 minutos, mas voam. Vi as três temporadas em menos de duas semanas e espero ansiosamente pela próxima.


Já viram a série? O que acharam?


Com amor,
Catarina

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Reset

Provavelmente, toda a gente que ler esta publicação já viu ou, pelo menos, já ouviu falar do projeto "Reset" de Mariana Cabral (aka Bumba na Fofinha).
Parece só mais um podcast humorístico (se vêm o vídeo, acho que é ainda mais rico), mas a premissa de ser uma conversa sobre o que não correu bem e o lado menos bonito destas figuras vistas como bem-sucedidas é muito refrescante e ávido de se ver.
Tenho gostado de todos os episódios, mas destaco o de dois, ambos músicos, pelos quais já sentia algum carinho. O da Carolina Deslandes, por falar sobre relações que não resultam e no desafio que é ser mãe de um menino no espectro do autismo e também de Salvador Sobral, que fala de como fez paz consigo mesmo quando esteve pior da doença cardíaca e de todos os desgostos amorosos que já teve. Este último já sabem que teve um sabor especial, sofrendo eu de Salvadorcite crónica.

Vejam, que a hora e meia passa a correr.
E palmas para a Bumba, caraças.