domingo, 25 de novembro de 2018

Moscovo (Parte 2)

A tarde do nosso primeiro dia em Moscovo (podem ver aqui o que vimos de manhã) começou com a visita ao Kremlin, a fortaleza vermelha no coração de Moscovo onde, para além de museus, catedrais e palácios, se situa a residência do Presidente e edifícios governamentais.


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Em casa (Desafio 1+3)

Desde que vim estudar - e consequentemente morar - em Lisboa, que o meu coração se dividiu em dois lugares. 
Por um lado, tenho Leiria, a cidade que me viu dar os primeiros passos no mundo e onde estudei e cresci, rodeada pela (maior parte da) minha família e amigos que fui fazendo.
Por outro, aqui em Lisboa tenho as raízes de parte da minha família materna, tive a experiência fantástica que foi a faculdade, conheci pessoas incríveis e encontrei o meu amor.
Durante muito tempo, incomodava-me ter deixado de me sentir 100% "em casa" tanto na minha casa de Lisboa como na de Leiria. Parecia sempre que faltava qualquer coisa, que não tinha absoluto controlo de tudo. Este sentimento também se alargou à casa dos pais do meu namorado.
Sim, eu gosto da parte de ser eu a fazer as compras e "tomar conta" da casa de Lisboa. Mas depois também adoro o meu quarto de infância, do jardim enorme e de ver toda a gente e o meu cão em Leiria. Há dias em que odeio o trânsito em Lisboa. Há outros dias em que me sinto limitada pela falta de diversidade em Leiria.
Até que um dia finalmente vi o copo meio cheio.
Eu tenho a sorte de ter duas cidades onde me sinto em casa. Melhor: eu tenho a capacidade de me encontrar e sentir em casa em qualquer parte do mundo. Porque a minha casa são as pessoas que amo, as paisagens que não me canso de admirar, os sofás onde me posso deitar a ler um livro e as músicas que me colocam um sorriso na cara. São as manhãs lentas em que consigo fazer yoga, as tardes em que consigo ir passear e apanhar sol e as noites em que me faço acompanhar de um chá quentinho.
A minha casa sou eu, sempre que me sinto eu. E neste momento sinto-me "em casa".


Com amor,
Catarina


(Publicação no âmbito do desafio 1+3, criado pela Carolina)

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Sitting Waiting Eating - "Água da cascata vai correndo na ribeira e acaba no mar"

Sim, leram bem o título. O restaurante de que vos vou falar hoje é capaz de ter o nome mais comprido de sempre: Água da cascata vai correndo na ribeira e acaba no mar.  O fôlego que tem de ter quem atende o telefone todos os dias neste restaurante...
Nomes à parte, este foi o restaurante escolhido num feriado solarengo em que nos apetecia sair de casa, almoçar e apanhar sol. O critério decisivo foi o facto de parte da carta ser completamente vegetariana e a outra metade ser sushi (a comida favorita dele). Lá fomos.

domingo, 4 de novembro de 2018

Quando somos os maus da fita

Há uns tempos, por coincidência, na mesma semana vi "os portugueses" serem mencionados em duas séries estrangeiras.
Normalmente sinto um certo orgulho quando o meu pequeno país ou alguém da minha nacionalidade é mencionado em grandes produções, mas naqueles dois casos não foi isso que sucedeu. Tanto em "Outlander" como em "Jamestown" (não falei por aqui desta série porque é daquelas que vejo mas não acho nada de especial), os portugueses eram referidos devido a um período incrivelmente desumano da nossa história: o tráfico de escravos.
Na escola, sempre que falávamos dos descobrimentos e das colónias que conquistámos, os meus professores referiam os acontecimentos históricos com imenso entusiasmo e orgulho, que nos passavam. Foi anos mais tarde, com o estudo do Sermão de Santo António aos Peixes do Padre António Vieira, que me deparei com o primeiro opositor aos nossos feitos e à realidade da exploração de terras que já tinham donos.
Temos muita violência, sangue e xenofobia na nossa história, que muita vez nos foi dourada com fortuna e glória por quem nos ensina. Mas há que saber - e aceitar - que também já fomos os maus da fita. Felizmente também "compensámos"- mesmo não havendo compensação para a objectificação de uma vida - sendo dos primeiros países do mundo a abolir a escravatura. E quero pensar que podemos continuar a tentar ser dos melhores na tolerância, respeito e justiça. Seria um orgulho ainda maior ser portuguesa.


Tenham uma óptima semana!

Com amor,
Catarina