quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Últimas leituras

Desde que já não tenho tantas dores no braço (partiu-o no final de Setembro a andar de patins), comecei a aproveitar o tempo livre para pôr também a pilha de livros que comprei na Feira do Livro a uso. Já ultrapassei a meta que tinha proposto a mim mesma no Goodreads e espero conseguir chegar aos 18 livros lidos este ano. Vamos aos últimos lidos?


A Vida Invisível de Addie LaRue de V.E. Schwab

V. E. Schwabb era um nome que já tinha visto várias vezes pelo Twitter e Goodreads, mas foi preciso ver uma Booktoker a jurar por tudo que este livro era dos preferidos dela deste ano e que toda a gente o devia ler para pôr na minha lista de títulos a procurar na Feira do Livro.
Foi fácil dar com o título, pois ocupava praticamente uma parede da banca da Almedina e ainda trouxe o primeiro livro de uma saga da mesma autora.
Levei o livro comigo para uma semana em casa de amigos no Algarve e foi a minha companhia em várias manhãs e tardes solarengas no alpendre da casa.
Adeline LaRue é uma menina francesa, nascida no século XVIII, que não quer seguir o mesmo rumo que as outras raparigas da aldeia. A vizinha, uma velhota que realiza rituais pagãos, é a sua melhor amiga e companhia e cresce curiosa com o que a rodeia e por passá-lo para os seus desenhos a carvão. Um dia, uma das mulheres da aldeia morre e Addie é forçada a casar com o viúvo, que tem dois filhos pequenos para criar. Addie foge e reza aos deuses pagãos para que possa ser livre, mas algo corre mal e fica condenada à imortalidade, sem poder deixar memórias nos outros ou qualquer marca no mundo.
Não vos vou contar muito mais sobre a história, mas é um livro que tem uma escrita leve, mas muito bem conseguida. Nem dei pelas páginas passar, ávida que estava para perceber o que tinha acontecido e o que iria acontecer à protagonista. Dava um abracinho muito apertado à Addie, acho que já há muito tempo não simpatizava e admirava tanto a personagem principal de uma história. 
Recomendo muito, muito este romance e adorava que fosse adaptado para uma série.




O Nome da Rosa de Umberto Eco

É por estas e por outras que quando me aconselham um clássico que eu já deveria ter lido torço o nariz.
Fui à confiança, já que tanto o meu pai como a minha mãe me disseram que a história era gira e que era uma espécie de policial em que se vai apurar um culpado, mas com monges num mosteiro.
Que. Seca.
Os fãs de Umberto Eco que me perdoem, mas tentei ler o livro o mais rapidamente possível, só para poder acabá-lo e passar a uma leitura mais prazerosa.
A parte da politiquice religiosa então, deu-me vontade de saltar páginas. E porque é que as partes em latim não tinham tradução no rodapé?!? Aargh!!
Pronto, já me acalmei.
Só dei três estrelas no Goodreads porque li uma edição dos anos 80 (é da minha mãe) e dei o desconto de até o português ser meio arcaico. E porque adivinhei quem era o suspeito final.



The Hate U Give de Angie Thomas

O livro juvenil mais conhecido sobre o movimento Black Lives Matter ainda antes da trágica morte de George Floyd em 2020. 
Este livro é escrito na perspetiva de uma adolescente afroamericana, que vive num bairro perigoso onde a maioria demográfica é negra, mas anda na escola de um bairro priveligiado onde só tem outro aluno também pertencente à sua minoria.
Acompanhamos a Star, na noite que vai mudar a sua vida para sempre, ao testemunhar uma tremenda injustiça face a um dos seus amigos de infância.
O que é um tema bastantante pesado, nomeadamente a violência e racismo policial nos Estados Unidos da América, é ligeiramente amenizado pela parte de vida amorosa e dramas adolescentes normais, a que Star também tem direito.
Acho que é uma leitura importante e que me deixou com vontade de ler livros mais adultos sobre esta problemática.



Desejo-vos o resto de uma óptima semana!


Com amor,

Catarina

2 comentários:

  1. Nunca confiando nos clássicos 🤭. Vi o filme "O nome da Rosa" na escola há muitos anos e também achei uma seca. Há coisas que realmente "Deus nos livre e guarde!!!"

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