sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Amsterdão

Estas férias de Carnaval foram aproveitadas da melhor maneira: conhecer uma nova cidade, de um país que ainda não tinha visitado.
Amsterdão foi o palco de umas férias em família. Tinha a ideia preconcebida de Amsterdão não ser o mais adequado para férias familiares, dada a "fama" de destino para consumo de drogas leves, mas é uma ideia errada. Sim, vão encontrar pessoas - principalmente turistas - a aproveitar o facto de  o comércio de canábis ser legal na Holanda, mas a arquitectura harmoniosa da cidade, os canais, a quantidade de museus e arte nas ruas, a comida e as bicicletas foram para mim o verdadeiro centro de atenção.
Três dias souberam a pouco, parecia que ainda agora estávamos a conhecer minimamente a cidade, mas valeu muito a pena.



Nas próximas semanas vou deixar aqui algumas sugestões e partilha dos sítios que contribuíram para ficar deslumbrada com a cidade.

Tenham um bom fim-de-semana!

Com amor,
Catarina

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

A Peça que dá para o torto

No sábado passado, fomos em família ver no Casino de Lisboa "A Peça que dá para o torto". Não sabia ao que ia, mas a minha mãe fez uma pequena explicação de que tinha tido bastante sucesso na versão original e que o Nuno Markl tinha traduzido e adaptado esta versão portuguesa.
O enredo da história é o de um mistério policial. Ocorre um assassinato numa mansão, sendo todos os presentes na mesma suspeitos e é chamado um detective para investigar. Só que o grupo de teatro que está a apresentar a peça é um pouco amador... e tudo o que pode correr mal, corre, tornando tudo num espectáculo bastante cómico.
Embora seja uma peça que nos faz rir até nos doerem as bochechas - as expressões dos actores eram impagáveis - também fiquei curiosa sobre quem seria o homicida, ficando cativada do início ao fim.
É mais cómodo ficar em casa e ver um filme, mas para mim nada se compara à energia e submersão de ver uma peça.
Se querem rir e ver a Lei de Murphy a concretizar-se à vossa frente, recomendo muito "A Peça que dá para o Torto". Está em cena no Casino de Lisboa até ao final de Março e vai à cidade do Porto de 9 a 11 de Julho.


Bom fim-de-semana!

Com amor,
Catarina

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Ser Médica Veterinária

Estou há cerca de ano e meio a trabalhar como veterinária.
Há dias bons, em que fico incrédula com a sorte de ter um trabalho que nem parece trabalho, pois permite-me estar com animais queridos, fazê-los sentir melhor, protegê-los e ensinar quem cuida deles.
Mas há dias péssimos, em que me sinto impotente. Por não conseguir dar a resposta que os tutores gostariam de ouvir, por fazer tudo e não ser o suficiente, por dizer adeus a animais que tratei como se fossem meus.
Não tenho os melhores horários -  a imprevisibilidade mexe muito comigo - mas estou rodeada de boas pessoas e vejo que ainda tenho muito espaço para crescer e me tornar melhor. 
Já me sinto mais confiante e confortável, já não fico tão ansiosa quando vou para um turno de urgência e já deixei de inibir o meu sentimentalismo inerente para celebrar as vitórias, rir das histórias caricatas e lamentar as derrotas com os donos. E, claro, aproveito todas as lambidelas e turrinhas que recebo dos meus pacientes.
Não é o trabalho mais prestigiado, previsível ou bem remunerado, é verdade. Mas não me vejo a fazer outra coisa.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Adeus, Anne

Sempre que descubro que um livro, ou série de livros, que adoro vai ter uma adaptação para o meio da televisão ou cinema, sinto um calafrio.
São muitos anos a ver obras que adoro serem "estragadas", reduzidas e humilhadas porque alguém viu ali uma galinha dos ovos de ouro e quis tentar a sua sorte. A dor de Eragon, Twilight, Game of Thrones e The Last Aibender -sim, eu sei que neste caso se trata de uma série de animação, mas Avatar - A Lenda de Aang é a melhor série de sempre e conseguiram fazer um péssimo filme - ainda é muito recente.
Por isso, quando soube que a Netflix iria fazer uma série de adaptação do livro "Ana dos Cabelos Ruivos" (Anne of Green Gables) de Lucy Maud Montgomery fiquei de pé atrás. É um dos meus livros favoritos e tinha muito medo do que iriam fazer à história da rapariga mais faladora e inspiradora do Canadá.
A série pode não ser totalmente fiel ao livro, mas conseguiu captar totalmente a sua essência. A atriz Amybeth McNulty trouxe ao pequeno ecrã a Anne Shirley, tal como a imaginava. Muito apaixonada, faladora com as suas palavras caras, sonhadora e com um sentido de justiça não conformador. A história original já abordava levemente o machismo e o valor da família, mesmo que não seja a de sangue, mas foram acrescentadas temáticas como o racismo, a orientação sexual e a liberdade de expressão, que assentaram como uma luva à nossa lutadora preferida. 
Senti esta série como um mimo, umas páginas extra de uma obra que eu gostava que não tivesse fim. Mais sobre a origem de Anne, sobre os residentes de Avonlea e também sobre o seu futuro. Trouxe-me risos, sorrisos parvos de ver o amor florescer e tantas, tantas lágrimas de emoção com momentos fofinhos ou em que se conseguiu fazer justiça. 
Acho que se pudesse recomendar uma série que vos fizesse ser melhores pessoas, mais empáticos e atentos ao que se passa em vosso redor, seria sem dúvida "Anne with an E".
Obrigada por fazerem viver mais um pouco a querida Anne.



Com amor,
Catarina

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Biblioteca - "Um de nós mente" de Karen M. Mcmanus

Neste último mês, a minha motivação para ler andava pelas ruas da amargura. Em parte porque estava a ler um livro que não me prendia muito ("Mixórdia de Temáticas" de Ricardo Araújo Pereira - opinião aqui), mas também porque andava mais investida em ver séries nos meus tempos livres.
No entanto, no início do ano fui a casa de uma amiga minha, também ela bibliófila e com gostos semelhantes aos meus, e vi dois volumes que queria ler há algum tempo.
Um deles o "Um de nós mente" de Karen M. Mcmanus que conheci através do hmbookgang, uma espécie de thriller, mas muito young adult já que a acção se passa entre quatro alunos do ensino secundário.
Cinco alunos, aparentemente não relacionados, são injustamente levados a terem que estar de castigo após as aulas. Um deles morre e os únicos suspeitos possíveis são as pessoas que se encontravam naquela sala de aula.
A história é contada através do ponto de vista de cada um dos alunos sobreviventes e, embora haja espaço para o romance e exploração de temas como as relações abusivas, orientação sexual e pressão para conseguir entrar numa boa universidade, paira uma aura de desconfiança. O leitor duvida das palavras de cada personagem que lê e vai assimilando as novas informações para tentar saber afinal quem é que matou um dos alunos com mais inimigos de Bayview High.
Foi uma leitura envolvente e dava por mim a tentar deslindar o mistério, fazendo apostas comigo mesma de quem seria o culpado. O final supreendeu-me e é engraçado constatar como realmente as pistas estavam todas lá.
Devorei as últimas 60 páginas sem dar por isso, algo que não me lembro de acontecer nos últimos anos como leitora. Era mesmo o que eu estava a precisar para retomar o ritmo e a vontade de ler.


Já leram este livro? Se sim, surpreenderam-se?


Tenham o resto de uma óptima semana!

Com amor,
Catarina