sábado, 27 de março de 2021

Copo Menstrual - A minha experiência

Na minha caminhada para uma existência mais ecológica, o método usado na altura do mês em que o meu útero deita as suas frustrações cá para fora era uma das coisas que eu queria mudar.
Sempre preferi pensos higiénicos a tampões, por isso embora o copo menstrual fosse muito falado e elogiado pela simplicidade e capacidade de reutilização, tinha receio de experimentar e fui adiando outras opções pois não me pareciam tão práticas.
Já estava quase convencida, quando uma amiga me disse "eu não gostava de usar tampões e o copo não me incomoda nada". Decisão tomada.
Comprei o OrganiCup, tamanho A e penso que me custou 24€ numa encomenda da Saponina (aproveitei que ia encomendar também um saco de sementes e alfazema). Há à venda em muitas lojas ecológicas online, incluindo a da marca.
Após esterilizar uns minutos em água a ferver e ver os vídeos instrucionais no site da marca, coloquei o copo a primeira vez e... correu maravilhosamente bem. Achei que afinal era mais fácil do que diziam, mas no dia seguinte devo ter colocado incorretamente, pois houve uma pequena fuga para a roupa interior. Também houve um dia em que coloquei mais para cima do que o costume e tive alguma dificuldade em tirar, mas fora isso correu sempre muito bem.
Não vos sei descrever o alívio que é saber que, em casa, tenho sempre um copo menstrual à espera caso precise. Sou um pouco distraída e já foram várias as idas ao supermercado para comprar apenas pensos higiénicos, pois tinha acabado com a caixa no ciclo anterior.
Para além deste fator prático, de ser um método sem perigo para a saúde e muito mais amigo para o ambiente que os produtos descartáveis, existe também a vantagem económica, já que o copo bem estimado pode durar até uma década. Pelas minhas contas, se ele me durar um ano e meio já me poupa a carteira.
Não acho que seja um método para toda a gente, já que é um pouco mais invasivo: precisam de usar o vosso dedo no canal vaginal para verificar que o copo está bem colocado e depois para desfazer o vácuo e retirá-lo; assim como ver o sangue quando despejam o conteúdo do vosso copo na sanita ou chuveiro.
Para mim é confortável, quase me esqueço que estou com ele e mesmo passadas 12h não tenho sequer metade do recipiente com conteúdo o que facilita a sua remoção. 
Estou fã!





Também já usaram produtos menstruais reutilizáveis? Qual a vossa experiência?


Com amor,
Catarina

quarta-feira, 24 de março de 2021

Favoritos Inverno

Com a chegada da minha estação preferida do ano, em que os dias estão a crescer e há uma diminuição progressiva de novos casos de covid-19, sinto também a minha positividade a crescer.
Foi um Inverno em que o isolamento se tornou imperativo, mas à falta de estar com as pessoas que gosto ou ir aos meus restaurantes favoritos, tentei fazer coisas que me deixam feliz no dia a dia, para escapar das preocupações do trabalho.



Com o regressar do bom tempo, em Fevereiro, voltou também a vontade de aproveitar o pequeno terraço de casa do meu namorado para produzir um pouco de vitamina D enquanto me perco em outros mundos na leitura.
O grande favorito foi "O Pintassilgo", ao qual dediquei uma publicação, mas também li de rajada o "Um de Nós é o Próximo" de Karen M. McNamus. Este último é um thriller juvenil, que acompanha três adolescentes de uma escola secundária onde começou um jogo de verdade ou consequência que revelou ser fatal. É a sequela do "Um de Nós Mente" e acho que não lhe fica nada atrás.




A comida caseira tem sido a regra dos últimos dias e tenho descoberto cada vez mais coisas que gosto de cozinhar.
Nos dias em que estamos ambos cansados ou apenas virados para encomendar comida, o Mr. Lee tem sido um dos restaurantes a que temos recorrido. 
Penso que têm mais do que uma loja em Lisboa e o Pad Thai, o Nasi Goreng e as Gyosas vegetais são de comer e chorar por mais.

As plataformas de streaming têm sido as nossas melhores amigas desde o início do confinamento e este Inverno não foi exceção.
Aproveitámos a subscrição ao Disney+ para ver The Mandalorian, uma série que conseguiu o feito de agradar a maioria dos fãs do universo de Star Wars. É uma série de aventura, com momentos de ação, mas também queridos e atrevo-me a dizer que, mesmo quem nunca viu nenhum filme deste universo cinematográfico, vai gostar da história do Mandaloriano e do Baby Yoda, como ficou conhecido pelos fãs.
Vi também alguns filmes do universo da Marvel, como foi o caso de Captain Marvel que gostei imenso e acho subvalorizado e de Black Panther, que realmente é do outro mundo.
No meu isolamento de 5 dias enquanto tive sob suspeita de estar infetada com o vírus do momento, consumi avidamente Bridgerton, que, embora não seja nada super espetacular, revelou-se um bom entretém numa fotografia muito bonita e um enredo romântico.
Também na Netflix, vi o último filme da triologia To All The Boys I've Loved Before: Always and Forever. Já tinha lido o livro em que foi baseado e, para mim, foi dos raros casos em que gostei mais do filme do que do livro. Sim, são filmes juvenis, mas dentro do género são amorosos e divertidos.
Para rir, recomendo-vos muito a série Fleabag, cujas duas temporadas souberam a pouco e que me fizeram soltar muitas gargalhadas (opinião aqui).
Também disponível na Amazon Prime, eu e o meu namorado começámos a ver The Office (versão USA). Percebo porque é que a série foi tão popular. É daqueles casos em que à primeira estranha-se mas depois entranha-se. Já somos fãs do Michael Scott.


No Natal, o meu irmão ofereceu-me um hoodie da minha página de Twitter favorita de sempre (WeRateDogs). Para além da mensagem fofa - e verdadeira! - é muito confortável e quentinha.



Também na onda do conforto, acabei por juntar uma encomenda de meias necessárias, uma não tão necessária "loungewear", que é só uma designação trendy para "roupa de andar por casa". Esta camisola com capuz de poliéster e estas calças de algodão da H&M são a roupa mais confortável e, mal chego a casa, enfio-me nelas.



Em termos de produtos de beleza, tenho a  destacar dois produtos: um para cabelo e outro de rosto.
O óleo para cabelo de argão da Inecto, foi-me oferecido por uma amiga da minha mãe no Natal, que me deu um cabaz de coisas naturais e vegans bastante jeitoso. Este óleo é para usar no cabelo ainda molhado e deixa-o bem mais macio e brilhante, sem aumentar a oleosidade do mesmo.



Mais uma prenda, mas de há mais tempo, da minha madrinha da Irlanda. É um creme e sérum, da marca Superdrug, de camomila com efeito calmante. Se realmente é calmante não sei, mas é rapidamente absorvido, deixa a minha pele suave e com textura uniforme. Tem também um aroma muito agradável e subtil.





Continuamos nos treinos e exercício físico em casa e as minhas duas companhias prediletas continuam a produzir muito conteúdo para me pôr a mexer o corpo.
Estou a fazer o programa de 30 dias "Breath" da Adriene e, mais uma vez, estou a gostar imenso. Estou a fazer ao meu próprio ritmo, mas consigo sentir a ligação entre as várias sessões de Yoga na mesma.
A Maddie inspirou-se em músicas do álbum Evermore da Taylor Swift e criou um Dance Workout mais aproximado de uma aula de dança, tanto com pliés de ballet clássico como passos de dança contemporânea. Já fiz mais que uma vez e deixa os músculos doridos ao mesmo tempo que me abate as saudades das aulas de dança.




Boa Primavera!

Com amor,
Catarina


quarta-feira, 10 de março de 2021

Biblioteca - O Pintassilgo de Donna Tart

Na minha adolescência, os meus olhos brilhavam quando via que o livro que ia ler a seguir se qualificava como "calhamaço".
Significava que era mais tempo a que teria direito naquele universo descrito por aquele autor, mais conversas que iria ter com aquelas personagens e possivelmente direito a ter um enredo mais interessante, para prender os leitores durante tantas páginas.
Ultimamente, tenho tido mais dificuldade em abraçar livros mais densos. Ou para me dedicar à leitura, por si só. Acho que há tantas distrações, tantas coisas que temos num só pequeno retângulo portátil que levamos para todo o lado, que tenho mais dificuldade em lembrar-me do livro que tenho na mesa de cabeceira para ler.
Mas não se deixem intimidar pelas quase 900 páginas de "O Pintassilgo". É uma história bonita, de como o grande azar de estar no sítio errado à hora errada pode fazer a vida de alguém dar uma volta de 180 graus.




Theo Decker é um adolescente de 13 anos, nova-iorquino, que vive com a mãe. Anda a atravessar uma fase rebelde e, numa visita a um museu para ver uma das obras de arte favoritas da mãe antes de irem para uma reunião sobre o mau comportamento de Theo, uma explosão ocorre.
Theo é um dos poucos sobreviventes e, antes de morrer, um dos outros visitantes oferece-lhe o quadro "O Pintassilgo" do pintor Fabritius.
É uma história comovente, sobre o luto e a dor de saber que não há maneira de voltarmos à nossa vida anterior e recuperarmos quem amamos, por muito que o desejemos. É sobre crescimento, sobre encontrar a nossa casa e a nossa família, mesmo que não seja de sangue. É sobre amor, nas suas variadas formas.
Sofri imenso com o Theo, preocupei-me quando o vi a fazer escolhas pouco desejáveis e saudáveis, mas sei que no fundo ele só queria sobreviver e ser feliz.
Gostei que o livro envolvesse várias fases da vida de Theo, havendo saltos temporais para conseguirmos acompanhar e sei que se o livro fosse maior, não me teria importado nada de ler um pouco mais sobre as personagens às quais ganhei tanto carinho.
Recomendo muito "perderem" umas horas das vossas vidas a perder-se nesta história. 


Já leram este livro? E a adaptação cinematográfica, recomendam?

Tenham o resto de uma óptima semana!

Com amor,
Catarina