sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Malluca pela Mallu

Lembro-me da primeira vez que ouvi o nome "Mallu Magalhães". Devia ter uns 15 ou 16 anos e estava na praia a ler. Uma amiga da minha mãe estava a ler uma revista e perguntou-me "Catarina, tu que és toda das redes sociais, vê se conheces esta cantora que ficou famosa no MySpace." Olhei para a notícia mas não a conhecia, de facto. Até porque a única rede social que utilizava era o Hi5 e só me limitava a comentar as fotos das minhas amigas e a stalkar qualquer que fosse o rapaz de quem gostava na altura. *oh god why* Lembro-me que fiquei impressionada. Uma rapariga da minha idade que era tão apaixonada por música que não esperou ser contactada por uma editora e foi com o seu dinheiro gravar os seus originais a um estúdio e partilhar na internet.
Porém, nunca ouvi uma música sua. Anos mais tarde, ao ouvir um álbum do David Fonseca encontrei-a na minha faixa favorita do "Seasons: Rising" cantando o dueto "Monday, Tuesday, Wednesday, Thursday". Mais uma vez, não fui pesquisar mais nada dela.
 Tudo mudou Junho passado, quando a SofiaBBeauty mencionou a música nova "Você Não Presta" da Mallu. Vi o videoclip e o amor foi imediato. Sambei ao som da batida enquanto cozinhava ou lavava loiça e o meu vício foi tanto que passei a ouvir as suas músicas mais populares no Spotify.
Entrei entusiasmada na onda e mesmo a tempo de receber o seu álbum mais recente "Vem". Não me canso de ouvi-lo. É tão boa onda, tão amoroso, tão "dançável" e "cantável". Não façam como eu e dêem uma oportunidade imediata às músicas dela. Acho que é altamente improvável ficarem indiferentes e quase certo apaixonarem-se por ela.
 Deixo aqui algumas das minhas favoritas:




Se tudo correr bem, daqui a menos de um mês vou poder vê-la ao vivo!

Já conheciam a Mallu? Ficaram curiosos?

Com amor,
Catarina

domingo, 24 de setembro de 2017

Aaaaaah!

Foi o gritinho mental que dei quando vi que a Mariiana publicou a sessão fotográfica que fizemos juntas, tal fã histérica.
Parece que este dia foi há imenso tempo, mas só se passaram uns meses. É tão bom poder ser fotografada por alguém cujas fotos te deixam sempre maravilhada ao aparecerem no teu feed. Ela diz que eu sou paciente, mas eu na verdade fico sempre fascinada por este olhar de fotógrafa que ela tem diferente dos comuns mortais como eu. Eu vejo uma paisagem, mas ela vê cores, sombras, luz e já sabe na sua cabeça de que ângulo e como vai fotografar. E depois voilà! Sai uma foto de uma maneira ainda mais bonita de ver o mundo.


O post da Mariana aqui.
Espreitem também a sua conta e a dos seus cães no Instagram, é tudo adorável!

Com amor,
Catarina

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Por um Mundo melhor - Beleza Cruelty-Free*

Graças às aulas de Tecnologia Alimentar do curso, eu sabia que existiam imensas indústrias que utilizavam subprodutos da indústria da carne. Algumas mais óbvias como a indústria têxtil (peles, couro) e outras mais subtis como a doçaria (gelatina) e cosmética (desde maquilhagem, a pasta de dentes e cremes).
Só mais tarde quando já era vegetariana, percebi que o problema não eram só os ingredientes dos produtos, mas o facto de serem testados em animais. Não que eu nunca tivesse visto as famosas imagens dos coelhinhos presos, a receber químicos nos olhos e pele, mas porque sinceramente achava que já não se fazia. E a verdade é que na maior parte do mundo os produtos de higiene e cosmética não são testados em animais. Na União Europeia é proibido desde 2013, porque já temos meios tecnológicos avançados que permitem fazer todo o tipo de testes e criar novos produtos seguros e eficazes.
Porém, em alguns países como a China (um enorme mercado dado o tamanho da população) os produtos que são comercializados no território nacional têm que ser testados em animais por lei. Ora, enquanto algumas empresas se recusam a levar os seus produtos para lá porque têm de ser submetidos a esses testes desumanos, outras não se importam de pagar aos laboratórios para poderem lucrar naquele mercado. Adicionalmente, os resultados em animais costumam ser díspares dos resultados em humanos, por isso servem também como salvaguarda em caso de problemas.
Desde aí deixei de olhar para as marcas que estavam na minha mesa-de-cabeceira e casa de banho com carinho e passei a lembrar-me de que estava de certa forma a compactuar com empresas que não partilham os mesmos valores que eu.
Com a ajuda do grupo “Don’t Hurt the Bunny PT” comecei a descobrir que havia imensas alternativas às grandes marcas e que não eram nada difíceis de encontrar. Troquei as multinacionais por marcas portuguesas, mais pequenas ou por produtos mais naturais. Conseguem-se marcas que não testam em animais em hiperpermercados, em supermercados biológicos, herbanárias e lojas que se encontram em qualquer centro comercial.
E acho que não se precisa de ser vegetariano para tentar comprar produtos que não testem em animais, assim como não é preciso não comer carne para ser contra as touradas, por exemplo. Cada qual tem a sua consciência e é bom sentir que, com pequenos passos, estamos a contribuir para um mundo melhor. Aos poucos as próprias empresas gananciosas vão percebendo as exigências dos consumidores e fazendo mais pressão para se mudarem as leis.


Deixo aqui alguns links úteis de marcas que testam e não testam assim como produtos que se podem comprar nos nossos hipermercados:

  • Marcas que testam em animais: site da PETA, post da Sofia Martins (blogger portuguesa e criadora do grupo Don't Hurt The Bunny PT)
  • Marcas que não testam em animais: site da PETA, post da Sofia Martins
  • Onde podem encontrar em Portugal: Produtos solares (1 e 2), pastas de dentes (1 e 2), produtos de banho (1), marcas cf portuguesas em supermercados (1)


Espero ter-vos ajudado!

Com amor,
Catarina

P.S. Deixo a salvaguarda que, neste contexto, “cruelty-free” é um produto que não é testado em animais podendo ou não ter ingredientes de origem animal.

sábado, 16 de setembro de 2017

Catarina na Terra do Sol Nascente - Osaka

Partimos de Lisboa, em direcção ao Dubai onde fizemos escala para ter como destino final Osaka. O primeiro voo durou 8 horas, mas estávamos a aproveitar as comodidades de voo de longa distância, com direito a todo um repertório de filmes, séries, documentários e música. Seriam apenas 2 horas no Dubai para seguirmos para o Japão, mas infelizmente decorria um pequeno tufão em Osaka que adiou o nosso voo 12 horas. Nem tudo é mau, porque tivemos direito a uma noite e refeição num hotel perto do aeroporto, mas a verdade é que acabámos por perder metade de um dia no Japão. O segundo voo demorou mais 9 horas e quando aterrámos tínhamos o relógio biológico completamente desnorteado, sendo que teríamos apenas uma hora e meia no hotel antes de iniciar o primeiro dia da tour
Foi no pequeno-almoço que tive o primeiro choque cultural, ao ver arroz, algas, salada e sopas no buffet. Também tinham comida ocidental, mas fiquei realmente admirada ao ver as famílias japonesas a comer assim logo de manhã.
 Após o pequeno-almoço conhecemos a nossa guia, Masami e os restantes excursionistas que fomos conhecendo melhor ao longo dos dias. Não acho que seja necessário marcar com uma agência de viagens uma excursão ao Japão - nós só o fizemos porque foi uma decisão de última hora - mas a verdade é que foi muito cómodo e vimos imensas coisas em pouco tempo.
Osaka é uma grande metrópole, a segunda maior área metropolitana do Japão e tem cerca de 19 milhões de habitantes. O meu pai passou aqui três meses quando fez um intercâmbio na universidade e diz que nota bem diferenças de há 30 anos para cá.
 Começámos por ir visitar o Jardim Flutuante (Umeda Sky Building), um edifício com 173 metros de altura que tem uma óptima vista para a cidade.

Sinceramente, senti-me um pouco "claustrofóbica" com esta vista. Tanto edifício, tanta gente e pouco verde.
Pormenor de uma estrada que atravessa um edifício

 Na cultura japonesa não são "bem-vistos" as demonstrações de afecto públicas entre casais, mas este edifício tem uma varanda para os casais virem pendurar cadeados a selar o seu amor e tirar fotografias mais românticas.


 Ao lado do edifício existe um pequeno parque com hortas e também este jardim vertical, que na primavera se enche de flores.

 Como perdemos a oportunidade de explorar a cidade devido ao atraso do voo, o resto da cidade foi visto através da janela do autocarro, sempre com as explicações da nossa guia, enquanto nos dirigíamos para a paragem seguinte.

Castelo de Osaka




Próxima paragem: Nara.

Com amor,
Catarina

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Pais "chanfrados"

 Vi um post do Raminhos (que agora não encontro) em que a filha mais velha perguntou à mãe se o pai era chanfrado, à qual a mãe respondeu que sim. Depois a filha acrescentou que a mãe também era chanfrada, mas que na verdade gostava que fossem uma família assim. Não pude deixar de me identificar com a Maria Rita. Também eu tenho pais com uma ponta de maluquice.
Não me chegam os dedos das mãos para contar as vezes em que o meu pai disse alguma piada, demasiado seca ou sem graça para mim e para o meu irmão, e ficou a rir-se imenso tempo com a minha mãe até as lágrimas lhes chegarem aos olhos. Isto enquanto eu e o meu irmão olhamos um para o outro e suspiramos por eles serem assim.
Já a minha mãe, é a rainha de se pôr no meio de uma festa ou da sala a dançar como se ninguém estivesse a ver e a fazer-me implorar-lhe, quando ainda era pequena, para parar. Hoje em dia simplesmente já me habituei.
Quando fomos ao Japão parámos para lanchar num café com vários andares, o “Doutor”. Chegámos ao último andar e eu disse que me parecia ter visto uns lugares no segundo que dariam para nós e fui de escadas com o meu irmão para alcançarmos a mesa depressa, enquanto os meus pais, que tinham os tabuleiros, foram de elevador. Acontece que o elevador servia apenas para sair do edifício. Por isso lá apareceu na rua um casal de estrangeiros com uns tabuleiros que tiveram de passar pela vergonha de atravessar a entrada e o balcão do café e subir as escadas. Demoraram uns 5 minutos a parar de rir para nos responderem por que motivo é que tinham demorado 10 minutos para supostamente descer dois andares.
Os meus pais foram capazes de me ensinar a ser educada, ambiciosa, respeitadora e séria. Mas também me ensinaram a brincar, a ter humor e a rir-me de mim mesma.
Bons pais educam boas pessoas, mas os pais “chanfrados” educam pessoas mais felizes (e cheias de histórias para contar). 

Com amor,
Catarina

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Aprendam com os meus erros #3

Nunca façam o buço à noite. Mesmo com duas fontes de luz, podem acabar com um centímetro quadrado ainda com pelinhos e só reparar no espelho do ginásio na manhã seguinte.
Malditas sombras.

domingo, 10 de setembro de 2017

Cantinho Veterinário - Qual o melhor animal para mim?

É rara a pessoa que não quer ter um animal. Seja por ter tido em pequeno, por ver como são giros e/ou como fazem as pessoas felizes.
Ter um animal devia ser como ter um filho: há que pensar antecipadamente se estão reunidas todas as condições para o ter. Os fatores principais a ter em conta são: o orçamento que podemos investir na sua alimentação, artigos de higiene, cuidados de saúde e acidentes (sejam móveis roídos ou algum problema de saúde inesperado), o tempo disponível para dedicar ao animal, o tipo de habitação que temos e o tipo de vida que levamos. Aqui vai um guia muito básico e informal sobre qual o melhor animal para vocês.
Sobre aves, peixes e répteis não vou falar porque, para além de existirem dezenas de espécies diferentes, têm cuidados muito específicos e a minha experiência com estes animais é quase nula.

Roedores
Há quem os ache repulsivos e há quem os ache fofinhos. Para os ter em casa convém estar na segunda categoria.
Orçamento: Comem menos quantidade que um cão ou gato e a vantagem, por exemplo, dos coelhos e dos porquinhos-da-índia é que têm uma alimentação à base de feno e vegetais, produtos normalmente baratos. No entanto, nem todos os centros veterinários têm o equipamento necessário para atender estes animais por isso pode ser necessário encontrar um médico veterinário de especialidade em animais exóticos. Apenas os coelhos têm vacinas necessárias dar (mixomatose e febre viral hemorrágica).
Espaço: Dependendo do tamanho do animal, não costumam ocupar muito espaço, pois passam a maior parte do tempo no seu espaço engaiolado. Podem deixá-los um bocadinho à solta enquanto estiverem em casa, num espaço fácil de limpar, como uma marquise ou uma varanda fechada.
Tempo: Quanto mais tempo lhes dedicarem, melhor será a vossa relação. Estes animais também podem aprender truques a troco de comida e festinhas, basta ter paciência. Porém, se tiverem mais companheiros de gaiola a necessidade de interação social por parte das pessoas será menor. (Atenção, cuidado com juntar coelhos do mesmo sexo porque podem lutar e magoar-se seriamente; se optarem por um casal de roedores aconselho a mantê-los separados até a castração de um deles porque são animais que se reproduzem muito rapidamente).
Tipo de vida: Se são pessoas que passam poucas horas por dia em casa, que têm preguiça de sair ou não querem ter muito trabalho e despesa esta pode ser uma opção para vocês.

Gatos
Porque não há vergonha nenhuma em ser uma crazy cat lady.
Orçamento: Estes animais fofinhos têm na extremidade das patinhas uns acessórios muito poderosos para destruir mobília. Lembrem-se disso no vosso orçamento. Em termos de alimentação é relativamente mais barato do que um cão de 30kg, é verdade, mas às vezes os gatos conseguem ser muito picuinhas com a comida. Lembrem-se também que têm de comprar areia para as necessidades deles. Em termos veterinários, convém levarem a primeira vacinação em gatinhos, que depois será repetida anualmente, normalmente. (O vosso veterinário logo dirá quais as vacinas necessárias no seu caso).
Espaço: Se vivem numa zona movimentada em termos de carros, por favor, fechem as janelas e as portas das varandas. Um gato paraquedista não é piada. Muitas vezes pode não ser a queda o principal problema, mas ao cair pode assustar-se e perder-se ou provocar algum acidente e magoar-se (e a outros). Amigos meus perguntam-me se é preciso que haja acesso ao exterior para um gato ser feliz. Os gatos podem viver perfeitamente felizes num apartamento, desde que haja algum enriquecimento ambiental como postes para arranhar, comida escondida em vários sítios da casa para "caçarem", esconderijos, etc. (Partilhei convosco um vídeo com dicas aqui).
Tempo: Um gato é uma criatura que gosta de ter atenção e ser mimada. Se forem gulosos também podem treinar alguns truques com ele. Se não, divirtam-se a brincar com eles que eles adoram.
Tipo de vida: Passam no máximo 12h fora de casa por dia e gostam de passar a maior parte do vosso tempo livre no ninho. Gostam do amor e desprezo ao mesmo tempo (dos gatos!). Pessoas friorentas  fãs de ter uma bolinha de pelo quente aos pés da cama.

Cães
Se são felizes a passear, comer e a deixar de ter espaço pessoal.
Orçamento: Diria que, dentro dos “pets” mais comuns, é dos animais mais caros para se ter. Para além de serem maiores, são os únicos que por lei têm de ser vacinados - contra a Raiva- , identificados com microchip e registados na Junta de Freguesia. Em termos de comida, depende do porte, mas preparem-se para gastar um saco de ração por mês. Contem também com alguns estragos, principalmente se os adotarem em cachorros. Não aconselho a alimentação baseada nos “restos”, mas podem ter uma alimentação mais caseira do que apenas ração - perguntem ao vosso Médico Veterinário qual o melhor para o vosso cão. Também é aconselhável irem a uma escola de cães, nem que seja apenas em cachorros para cães e donos aprenderem a comunicar melhor (Espero falar mais sobre este tópico em breve).
Espaço: Mais uma vez depende do porte. Um cão de 5 ou 6kg adapta-se bem a passar a maior parte do dia num apartamento, mas cães maiores e mais ativos serão mais felizes se tiverem um espaço maior para estar como um jardim ou quintal.
Tempo: A meu ver, é dos animais que requer mais tempo. Um cão feliz precisa de atenção do dono, de brincar, de passear e conhecer novos cheiros e socializar com outros cães. Se vivem num apartamento, devem ter em atenção que o cão deve ser passeado 3 vezes por dia para fazer as suas necessidades. Se tiverem um espaço para urinar e defecar, um passeio por dia é ótimo para o animal fazer exercício e estimular a sua mente. Também são aconselhados treinos curtos diários de ordens e truques para manter a função cognitiva do cão on point e se divertirem os dois.
Tipo de vida: Alguém que passa menos de 10h por dia fora de casa e adora passear, especialmente pela natureza. Quem não se importa de ter a roupa cheia de pelo e de estar constantemente a vigiar a comida que está em cima do balcão. Quem tem muito amor para dar, a toda a hora.


Espero ter-vos ajudado, qualquer dúvida digam nos comentários ou enviem por email.
Desejo-vos uma óptima semana!

Com amor,
Catarina

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Vaidosices - "Chasing the Sun"

Fico muito grata por esta parceria com a Zaful, porque sou uma medricas de primeira quando se trata de encomendar roupa online. Desta vez, como não havia nada a perder, escolhi um vestido fresco e mimoso, que já vos tinha mostrado nesta wishlist.
No site dizia que demoraria 8 a 15 dias, sendo que chegou em 13 dias. Esqueci-me de fotografar o embrulho, mas veio dentro de uma bolsa de plástico e impecável.
 Pedi o tamanho S e tinha um pouco de receio porque dizem que as medidas chinesas são mais pequenas, mas assenta-me que nem uma luva. Para além disso, este modelo tem alças ajustáveis nas costas que me permitiram usá-lo mesmo à minha medida.
 É um vestido perfeito para usar em dias quentes, de passeio, porque o tecido é leve e o facto de a parte superior do vestido ter uma dupla camada de tecido permite andar à vontade sem sutiã (o que para mim é sinónimo de conforto máximo!).
 A parte negativa é que o tecido vinca com alguma facilidade e o desenho dos girassóis não é totalmente contínuo, não sei se me faço bem entender.
 Mas porque uma imagem vale mais que mil palavras, aqui ficam as fotografias tiradas pelo meu muy paciente namorado.


quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Catarina na Terra do Sol Nascente - Curiosidades sobre o Japão

 Sei que já se passaram três semanas desde o meu regresso do Japão e que vos tinha prometido posts sobre a viagem. Tal como o Jon Snow (desculpem, ainda não me convenci de que esta temporada acabou verdadeiramente) eu sou uma pessoa de palavra e, mesmo tardando, cá estou.
 Sempre que se viaja, mesmo dentro do nosso país, fascinam-nos os costumes do local, a história e o modo de estar dos habitantes. Porém, o Japão foi o país mais culturalmente distante do meu a que já fui, por isso fiquei fascinada com milhentas coisas.
 Venho aqui partilhar algumas:

Coexistência de religiões
No Japão praticam-se maioritariamente duas religiões, o Xintoísmo e o Budismo. A primeira é a mais antiga e originária do Japão, em que se acredita em vários deuses (de elementos naturais) e se preza por respeitar a natureza, honrar os antepassados e procurar a pureza de espírito. As correntes de pensamento desta religião influenciam muito a conduta de vida japonesa, daí achar importante referi-la. O Budismo foi trazido mais tarde pelos chineses, mas também se encontra enraízado na cultura e vêem-se os bonitos templos em todo lado. O mais especial? As duas religiões coexistem. É normal ver um pequeno templo xintuísta ao lado de um budista e até altares das duas diferentes religiões na mesma casa. As pessoas comuns aplicam tradições e rituais tanto de uma como de outra.
Santuário budista Heian
Alfabeto
E se eu disser que, em japonês, pode haver até quatro maneiras diferentes de escrever o mesmo? Têm um alfabeto fonético, mas também existem caracteres que significam uma única palavra (como árvore, mulher...) ou a combinação destes para outra. Para além disso, ainda existe outro tipo de "letra" que usam quando se tratam de estrangeirismos.


Numeração

Para contar (um, dois, três...) usam a nomenclatura japonesa, mas para dizerem a quantidade de algo (um chá, por favor) é usado o mandarim.
Em japonês

Superstição
O número quatro é um número de azar porque dito em japonês é semelhante à palavra morte. Esta superstição é tão levada a sério que, por exemplo, em alguns parques de estacionamento a numeração salta este número. Pisar os limites dos tatamis também dá azar, segundo a nossa guia.

Táxis
O tipo de condução pode ser semelhante à de cá, mas tudo o resto não. Ninguém utiliza Uber porque os motoristas são atenciosos, o táxi está limpo, as portas abrem e fecham automaticamente e a viagem não é cara.
Todos os estofos tinham esta espécie de "naperon" branquinho, achamos que para mostrar a limpeza do táxi.


Respeito
É um dos valores mais presentes nos japoneses. Seja o respeito pelos mais velhos, pela natureza e pelas outras pessoas. As filas eram estranhamente ordeiras e eram raros os caixotes de lixo na rua, porque toda a gente leva simplesmente o lixo para casa.

Sanitas
É das partes mais engraçadas, juro. Por um lado, algumas casas-de-banho públicas são "japanese style", ou seja, são um buraco no chão, mas com instruções e uma pega para se segurarem enquanto fazem o que têm a fazer agachados.
 Por outro, magia! As sanitas modernas têm assentos aquecidos, e um painel com botões que vos permite escolher repuxos e em que zona do vosso corpo querem que eles incidam para se lavarem, som de água a correr para vos ajudar e a intensidade do autoclismo. 


Gostaram destas pequenas curiosidades?

Com amor,
Catarina

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Falar como se uma criança de 5 anos nos estivesse a ouvir

 Há uns dias estávamos à mesa a conversar e a minha cunhada repreendeu a filha por ter caracterizado a senhora de uma história que estava a contar como gorda, porque não acrescentava nada à dita história. Passado uns minutos estávamos a falar de outra coisa e desta vez foi a minha cunhada que empregou o adjectivo gordo, mesmo sem dar por isso.
 E dei por mim a pensar em como nas várias áreas da nossa vida praticamos muito o "faz o que eu digo, não o que eu faço." E de como o nosso exemplo acaba por influenciar a "esponginha" que são as crianças.
 Tentamos sempre adaptar o nosso discurso quando uma criança está a ouvir. Reduzir a crueldade do mundo, os estereótipos e a negatividade. Aproveitar para reforçar que certas atitudes são maus exemplos e que há coisas que não se devem dizer, por serem ofensivas e discriminatórias.
 A meu ver, o melhor legado que se pode deixar é a educação. Mais do que deixar um mundo melhor para as crianças, há que deixar crianças melhores pois essas vão melhorar o mundo. E não há melhor maneira de educar do que dar o exemplo.
 Por isso acho que vou tentar começar a filtrar os meus pensamentos e conversas com um "será que estivesse aqui um miúdo de 5 anos eu quereria que ele ouvisse isto?". Reduzir a negatividade e o queixume. Educar-me a mim mesma.

Espero que tenham um óptimo fim de semana!

Com amor,
Catarina