quinta-feira, 21 de março de 2019

Favoritos do Inverno

Estive muito tempo a pensar se haveria ou não de criar este segmento de "Favoritos" aqui no blog. Sabia que não queria fazer algo mensal, porque não teria conteúdo nem disponibilidade para ter essa regularidade, por isso decidi trazer esta rúbrica sazonalmente.
Se já existem muitos "Favoritos" por essa internet fora? Sim. Se os meus vão ser super originais e revolucionários? Não me parece. Se mesmo assim eu o quero fazer porque acho giro e me vai dar um gosto enorme reler no futuro? Hell yeah.
Vamos então aos primeiros Favoritos Sazonais aqui do Marquesa de Carabá.




Para além de Sex Education e Dogs - de que falei aqui e aqui, respectivamente - o Inverno foi recheado de séries novas (da Netflix)
Na categoria de animação, vi "The Dragon Prince". Tinha bastante curiosidade, já que um dos produtores executivos tinha sido um dos realizadores da melhor série de animação de sempre - Avatar: a Lenda de Aang (opinião aqui). Embora não seja tão bom como a história do Aang ou da Korra, o Príncipe Dragão também tem um óptimo sentido de humor, um enredo interessante que nos deixa agarrados à série e um desenvolvimento das personagens superior ao comum de uma série de animação.  É refrescante, mantendo o tradicional mundo da fantasia.
Mantendo um registo animado, vi também "Master of None". Foi-me recomendado pelo namorado de uma prima minha e, não sabendo ao que ia, adorei. É uma série cómica, que retrata a vida de um jovem actor em Nova Iorque, filho de pais indianos e o seu grupo de amigos. Embora a melhor parte da série sejam as divagações de Dev e o seu grupo, não é a típica série de um grupo de amigos nova-iorquino. Tanto têm um episódio sobre o Tinder, como a seguir uma curta-metragem sobre a vida de "estranhos" que se cruzam em Nova Iorque. A segunda temporada é ainda melhor que a primeira e tem muito este efeito surpresa, porque nunca sabemos sobre o que será o episódio seguinte. Mas uma coisa é certa: vamos gostar.
Passando à minha última estreia, num registo mais sério, comecei "Black Mirror". Uma série sobre distopias futuras, que nos deixa a matutar sobre os limites éticos que a tecnologia pode tomar. Cada episódio é diferente, com actores e realizadores novos, que deixa sempre um misto de reflexão e desconforto no final de cada episódio. É mesmo muito interessante.


Quanto a filmes, vi "Okja", que me fez chorar que nem uma Maria Madalena. Já sabia que um filme da Netflix em que o centro da acção era a amizade de uma rapariga coreana e uma super-porca era receita para isso, mas a dinâmica e enredo do filme valeu a pena as lágrimas derramadas. Mais não seja para relembrar que ainda há bondade na humanidade e que haverá sempre quem esteja do lado daqueles que não tenham voz.
Já no cinema, fui com o meu namorado e amigos ver o capítulo final do "Como Treinares o teu Dragão". Uma despedida digna a uma triologia que me arrancou gargalhadas, sorrisos e lágrimas do início ao fim. Obrigada Toothless e Hiccup.

O Guacamole, é uma espécie de cadeia de fast-food mexicana. Experimentei a primeira vez no Colombo e ultimamente tenho ido mais à do Alegro de Alfragide. Peço sempre o burrito desnudado (basicamente um burrito no prato), com arroz com coentros, tofu (picante!) e salsa amarela. Para beber, a limonada de lima é uma delícia e corta o picante do prato principal. As chips de milho com guacamole também são de comer e chorar por mais. O melhor: é bastante acessível.
Numa ida a Cascais, descobrimos o Local - Healthy Kitchen. Para além de nos agradar o conceito de comida saudável, somos fãs de PokeBowls, que neste restaurante existem numa grande diversidade e com a possibilidade de personalizarmos a nossa. Eram deliciosas, mas aviso já que as doses são industriais, cuidado!
O chá mais bebido nestes dias frios tem sido este clássico chá de limão, canela, gengibre e mel. Eu e o meu namorado temos feito a olho mas é sensivelmente: cascas de um limão, quatro fatias de gengibre, três paus de canela e duas colheres de sopa de mel por cada litro de água a ferver. É só deixar a água ferver, adicionar os ingredientes (exceto o mel) esperar 5 minutos e desligar o fogão, deitando de seguida o mel. Uma delícia e óptimo para gargantas doridas.
Por último, as minhas bolachas favoritas de todo o sempre, que no Inverno têm a vantagem de não se derreterem com tanta felicidade: as Joaninhas do Pingo Doce. São parecidas às antigas, mas com chocolate preto - o meu favorito - por isso é extremamente complicado comer só uma ou duas de cada vez. Podem partilhar com os vossos amigos vegan, que não têm qualquer ingrediente de origem animal.
melhores. bolachas. de. sempre.

Este Inverno tem sido muito dedicado à música lusófona. Marcado pelo concerto das AnaVitória, houve muita música desta dupla brasileira nas minhas viagens de carro. A minha Salvadorcite ainda não se curou, tendo a versão do "Anda estragar-me os planos" e o dueto com a irmã Luísa "Só um beijo" andado on repeat no meu Spotify. 
O concerto da Carolina Deslandes foi um dos momentos altos do meu ano, até agora. Recomendo todo o álbum "Casa", mas se quiserem ouvir uma pérola escondida - que nem apareceu no concerto - oiçam a "Não me deixes", com a participação da Maro. 
O meu guilty pleasure deste mês? "Telemóveis", de Conan Osíris. Ao início achei a música estranha, mas agora já me deixo embrenhar na estranheza e gosto de cantar no tom dramático do Conan enquanto abano o corpo, não chegando nem aos calcanhares do seu bailarino.









Os meus Invernos não costumam incluir grandes passeios, mas este teve direito a um fim-de-semana na Serra do Bussaco. Nunca tínhamos visitado esta mata portuguesa, que é lindíssima. Para além da beleza natural desta floresta centenária, de árvores autóctones, existe também o Palácio Hotel do Bussaco. Este último, considerado o último legado dos reis de Portugal, é impressionante. No seu estilo neomanuelino, decorado com azulejos e pinturas alusivas aos descobrimentos e outros feitos históricos portugueses, podemos fazer uma viagem no tempo. No exterior também tem jardins muito bonitos e está rodeado pela bela mata e os sons da fauna residente.
É uma óptima "escapadinha" de fim-de-semana pois para além dos trilhos pela mata, fontes frias ou até ao topo da Santa Cruz, podemos visitar a pequena vila do Luso, com fontes em que se podem abastecer da famosa água ou até dar um saltinho a Aveiro, para passear na beira da ria e degustar os ovos moles e tripas (com chocolate!).










Fechei o ano passado com a leitura d'O Jogo do Anjo de Carlos Ruíz Zafon. É no mesmo universo d'A Sombra do Vento (opinião aqui) e gostei imenso, embora o primeiro continue a ser o meu preferido da saga. Continua a ter como tema principal a literatura, desta vez mais na componente de escrita, há amores e desamores, personagens queridas e outras enigmáticas e um grande mistério por resolver. Gostei muito.
Este ano, tenho conseguido cumprir a promessa que fiz a mim mesma de reler a saga de Harry Potter. Está a ser tão, tão bom voltar a Hogwarts. Vou no quinto volume e tenho pena de estar quase a acabar esta história e deixar o Harry, a Hermione e o Ron. Há tantos pormenores de que já não me lembrava, tantas partes que deixaram de fora nos filmes. Acho que vai ser algo a repetir a cada década, tal são as saudades por antecipação que sinto.



Todos os meses, o grupo de amigos do meu namorado reúne-se numa das casas do grupo. Jantamos, falamos das novidades ou simplesmente de parvoíces e jogamos. Normalmente, a actividade preferida são jogos de consola, como o Overcooked (opinião aqui) ou o Just Dance. No entanto, numa das últimas vezes o elegido foi um jogo de tabuleiro que nos deixou super empolgados e proporcionou muitos momentos de criatividade e diversão -o Código Secreto (versão imagens). Muito resumidamente, há duas equipas cujo representante tem de conseguir que a restante equipa escolha as imagens certas, usando apenas uma palavra e o número de imagens associada a ela. Pode parecer confuso, mas acreditem que é algo que envolve raciocínio e criatividade de uma maneira divertida e que puxa o lado competitivo de qualquer um.

Este Inverno comecei a ouvir mais dois podcasts. O "Sozinho em Casa" do Guilherme Geirinhas, com divagações do mesmo que acabam por ser interessantes e engraçadas e o "Magia é Respirar" da Sofia Mano, uma yogi que sigo há algum tempo e que traz temáticas relacionadas com o bem-estar, yoga e meditação. São óptimos acompanhantes para viagens ou para ouvir enquanto faço alguma tarefa que não exije muita concentração.

Para terminar, um vídeo de Yoga de 10 minutos para pescoço, ombros e costas. São as partes do corpo onde acumulo mais tensão, sentindo-os especialmente dolorosos em semanas mais agitadas. Fazer esta rotina à noite, já em pijama, depois de um dia stressante faz com que me vá deitar bem mais relaxada.





Se chegaram até aqui, muito obrigada. Espero que tenham gostado desta nova rúbrica e que estejam prontos para acolher a Primavera de maneira calorosa.

Com amor,
Catarina

segunda-feira, 18 de março de 2019

Carolina Deslandes no Coliseu dos Recreios

A semana passada regressei ao Coliseu dos Recreios, desta vez para ver e ouvir a Carolina Deslandes.
Adoro o seu álbum "Casa", sendo algumas das minhas músicas favoritas a "A Miúda Gosta", a "Aleluia" e a "Não me Deixes". Aliás, acho que não há nenhuma que salte à frente quando ponho o álbum a tocar no Spotify.
Já tinha ouvido algumas opiniões quanto aos concertos da Carolina: que eram de uma atmosfera íntima, que ela contava histórias entre músicas e que conseguia transmitir muito bem as emoções das letras e melodias que compõe. Mesmo assim, excedeu as minhas expectativas.
Abriu a noite com músicas do seu segundo álbum, em inglês e de seguida começaram a aparecer os artistas que convidou para a sua "casa". Artistas que colaboraram com ela, como o Agir, Diogo Piçarra e Jimmy P., artistas que convidou para interpretarem temas com ela, como a Raquel Tavares e o Janeiro, e até o próprio marido - este último num momento muito enternecedor, em que apresentaram uma música que sairá no próximo álbum e cantaram outras apenas com ele na guitarra e a voz de ambos.
O cenário, com peças de mobília que iam aparecendo no decorrer do concerto, a disposição dos músicos que a acompanhavam e as luzes também deram uma atmosfera muito acolhedora ao coliseu.
Foi um concerto em que cantei, ri, e fiquei de lágrima no canto do olho - segundo o meu namorado não fui a única. 
Mas, mais do que tudo, senti que as duas horas passaram a voar e que se poderia estender o resto da noite sem que o sorriso se me esvaísse da cara.
Ficarei a aguardar ansiosamente pelos próximos trabalhos desta menina-mulher. Tem tudo para dar certo.



Também gostam da música da Carolina? Têm alguma música preferida?



Tenham uma óptima semana!

Com amor,
Catarina

sábado, 9 de março de 2019

Trabalhar sozinha

Um dos critérios que tive em conta, quando comecei à procura de trabalho, foi não querer fazer turnos sozinha. Pelo menos no início, não queria ser "atirada aos tubarões".
No meu emprego actual, o primeiro que tenho, estive sempre acompanhada por veterinários sénior ao início (sénior significa que têm mais de uma década de experiência, não se refere à idade). A primeira vez que tive um turno em que era a única médica veterinária presente, foi devido a um imprevisto. Se por um lado, fiquei um bocadinho ansiosa quando me vi nessa situação, por outro fico grata por ter sido assim. Se soubesse que iria fazer o meu primeiro turno sozinha, provavelmente já estaria a "panicar" nos dias anteriores, por antecipação. Para além disso, estava rodeada pela restante equipa de enfermeiros e auxiliares, o que ajudou imenso.
Passado um tempo, já me tinha habituado a fazer estes turnos ocasionalmente, quando me pedem para fazer um turno de urgência. Seis horas sendo a única pessoa no hospital. Aceitei e felizmente foi um turno demasiado ocupado para ter tempo de ficar muito ansiosa. Entretanto já fiz turnos de urgência de doze horas, alguns mais ocupados, outros menos e a semana passada fiz a primeira noite. 
Se de dia tenho o conforto de poder ligar a um veterinário sénior caso tenha um caso mais complicado ou alguma dúvida no historial clínico de um paciente, à noite o bom-senso dita que só possa incomodar alguém se for uma mega-emergência.
Foi um turno ocupado, pois tinha um internado de alto risco, mas não houve mais ocorrências durante a noite, portanto diria que correu bem melhor do que eu previa.
Isto tudo para dizer que, aos pouquinhos, estou a chegar lá. Ainda não me sinto uma super veterinária independente - até porque mesmo as pessoas mais experientes têm dúvidas ou gostam de pedir mais uma opinião - mas já consigo ver alguma diferença para a mini-vet que começou o seu primeiro emprego o ano passado.
Embora prefira trabalhar rodeada de gente, que a nossa equipa é super divertida, há algumas coisas boas de fazer os turnos sozinha. Quando tudo está calmo e controlado, aproveito para estudar, ler, ver filmes ou séries e até trabalhar no blog. São raros esses momentos, mas aprecio-os com muito carinho.


Um bom fim-de-semana!

Com amor,
Catarina

sábado, 2 de março de 2019

5 Dicas para quem quer treinar em casa

O ano passado tive que me despedir do meu ginásio, em Leiria, porque comecei a trabalhar em Lisboa. Foi com bastante pena minha, visto que gostava bastante das aulas e acompanhamento que lá davam, mas era incomportável visto que já não tinha disponibilidade.
Entretanto como ainda tinha uma grande incerteza dos meus horários, não me quis inscrever em nada cá pela capital. Se significa que tenho andado sem fazer exercício deste o Verão passado? Não, de todo.
Concentrei-me em canais de Youtube ou contas de Instagram que já conhecia, e recriei os exercícios lá feitos, na minha própria casa. Claro que não é a mesma coisa, nem há a mesma segurança do que quando fazemos com um instrutor, mas visto que não sou uma total novata e acho melhor do que não fazer nada é isso que tenho feito.
Deixo algumas dicas que funcionam comigo, caso também estejam interessados ou já sejam fãs do exercício caseiro.