quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Últimas leituras

Desde que já não tenho tantas dores no braço (partiu-o no final de Setembro a andar de patins), comecei a aproveitar o tempo livre para pôr também a pilha de livros que comprei na Feira do Livro a uso. Já ultrapassei a meta que tinha proposto a mim mesma no Goodreads e espero conseguir chegar aos 18 livros lidos este ano. Vamos aos últimos lidos?


A Vida Invisível de Addie LaRue de V.E. Schwab

V. E. Schwabb era um nome que já tinha visto várias vezes pelo Twitter e Goodreads, mas foi preciso ver uma Booktoker a jurar por tudo que este livro era dos preferidos dela deste ano e que toda a gente o devia ler para pôr na minha lista de títulos a procurar na Feira do Livro.
Foi fácil dar com o título, pois ocupava praticamente uma parede da banca da Almedina e ainda trouxe o primeiro livro de uma saga da mesma autora.
Levei o livro comigo para uma semana em casa de amigos no Algarve e foi a minha companhia em várias manhãs e tardes solarengas no alpendre da casa.
Adeline LaRue é uma menina francesa, nascida no século XVIII, que não quer seguir o mesmo rumo que as outras raparigas da aldeia. A vizinha, uma velhota que realiza rituais pagãos, é a sua melhor amiga e companhia e cresce curiosa com o que a rodeia e por passá-lo para os seus desenhos a carvão. Um dia, uma das mulheres da aldeia morre e Addie é forçada a casar com o viúvo, que tem dois filhos pequenos para criar. Addie foge e reza aos deuses pagãos para que possa ser livre, mas algo corre mal e fica condenada à imortalidade, sem poder deixar memórias nos outros ou qualquer marca no mundo.
Não vos vou contar muito mais sobre a história, mas é um livro que tem uma escrita leve, mas muito bem conseguida. Nem dei pelas páginas passar, ávida que estava para perceber o que tinha acontecido e o que iria acontecer à protagonista. Dava um abracinho muito apertado à Addie, acho que já há muito tempo não simpatizava e admirava tanto a personagem principal de uma história. 
Recomendo muito, muito este romance e adorava que fosse adaptado para uma série.




O Nome da Rosa de Umberto Eco

É por estas e por outras que quando me aconselham um clássico que eu já deveria ter lido torço o nariz.
Fui à confiança, já que tanto o meu pai como a minha mãe me disseram que a história era gira e que era uma espécie de policial em que se vai apurar um culpado, mas com monges num mosteiro.
Que. Seca.
Os fãs de Umberto Eco que me perdoem, mas tentei ler o livro o mais rapidamente possível, só para poder acabá-lo e passar a uma leitura mais prazerosa.
A parte da politiquice religiosa então, deu-me vontade de saltar páginas. E porque é que as partes em latim não tinham tradução no rodapé?!? Aargh!!
Pronto, já me acalmei.
Só dei três estrelas no Goodreads porque li uma edição dos anos 80 (é da minha mãe) e dei o desconto de até o português ser meio arcaico. E porque adivinhei quem era o suspeito final.



The Hate U Give de Angie Thomas

O livro juvenil mais conhecido sobre o movimento Black Lives Matter ainda antes da trágica morte de George Floyd em 2020. 
Este livro é escrito na perspetiva de uma adolescente afroamericana, que vive num bairro perigoso onde a maioria demográfica é negra, mas anda na escola de um bairro priveligiado onde só tem outro aluno também pertencente à sua minoria.
Acompanhamos a Star, na noite que vai mudar a sua vida para sempre, ao testemunhar uma tremenda injustiça face a um dos seus amigos de infância.
O que é um tema bastantante pesado, nomeadamente a violência e racismo policial nos Estados Unidos da América, é ligeiramente amenizado pela parte de vida amorosa e dramas adolescentes normais, a que Star também tem direito.
Acho que é uma leitura importante e que me deixou com vontade de ler livros mais adultos sobre esta problemática.



Desejo-vos o resto de uma óptima semana!


Com amor,

Catarina

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Sitting, Waiting, Eating - Alma Vegetal

Quando a minha prima vegana me disse que tinha aberto um novo café em Leiria, totalmente vegetal, fiquei muito entusiasmada.
Sou amante de galões, meias de leite e bebidas com café/chá no geral e fico sempre frustrada por serem ainda raros os locais em que têm bebida vegetal como opção, em vez do leite de vaca.
Fui tomar o pequeno-almoço com o meu namorado e a dona do espaço explicou-nos as diversas opções e sugeriu-nos várias coisas. Têm tudo o que os cafés tradicionais têm, como "fiambre" e "queijo", bolos, bebidas e ainda algumas iguarias para venda. Tudo estritamente vegetariano. Escolhemos as básicas torradas com manteiga, o tipo de pão que queríamos e bebidas. Deliciei-me com um galão de bebida de aveia e ele com um sumo de laranja natural.
Para a próxima apostarei nos bolos, que houve um mil-folhas que ficou debaixo de olho. 




O resto de uma boa semana!

Com amor,
Catarina

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Uma queda para o Ponto-cruz

Tudo começou em Setembro.
Andava desmotivada com o exercício físico, sem vontade de me mexer e decidi comprar patins e marcar uma aula. Via pessoal a andar de patins, a dançar até, e pareceu-me uma atividade que me fosse encorajar mais a sair de casa e mexer o meu corpo.
A aula correu normalmente, com alguns exercícios e quedas pelo meio, mas a 10 minutos do final dei uma queda em que me apoiei no meu braço esquerdo e senti uma dor maior do que as anteriores. Conseguia mexer relativamente bem o braço embora me doesse, por isso dei a aula como terminada e fui descansar para casa.
Coloquei gelo, mas duas horas depois estava muito mais aflita e decidi ir ao hospial. Tinha uma fratura na cabeça do rádio esquerdo, mesmo junto ao cotovelo. Felizmente era pequena e estava alinhada, pelo que não foi necessária cirurgia ou gesso. Tinha que o manter ao peito durante pelo menos 3 semanas.
A primeira semana foi muito complicada, em termos de dores, sempre com anti-inflamatório e mesmo assim desconfortável. Depois aos poucos comecei a melhorar e a conseguir movimentar melhor o braço. Deixei a medicação para as dores e finalmente consegui fazer a maior parte das tarefas do dia-a-dia.
Fiz a reavaliação na semana passada e, embora a fratura esteja bem consolidada e a recuperar bem, o médico aconselhou-me a esperar mais um mês antes de ir trabalhar (até porque não é propriamente um trabalho de secretária...).
Aproveitei então este tempo livre, mas em que já me sinto melhor, para começar a aprender algo que tinha estado a adiar por estar ocupada: o ponto-cruz.
Tenho familiares que o fazem (a minha avó paterna então, é expert) e sempre tive curiosidade. Nunca tive jeito para pintar, desenhar ou qualquer tipo de arte, mas o ponto-cruz parecia-me ser algo que permitia criar coisas bonitas através de lógica.
Comprei material e comecei a ver tutoriais no Youtube (como este canal). Na primeira semana fiz exercícios simples e aprendi a começar um bordado e arrematar no final. Esta semana aventurei-me no primeiro "desenho" e saiu esta bela melancia. Não está perfeita, demorei imenso tempo e estou com dores agora no braço direito de tanto bordar, mas já ando a escolher o próximo desenho.




Já fizeram ponto-cruz? Têm algum hobbie que só aprenderam em adultxs? Contem tudo!


Com amor,
Catarina

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Biblioteca - Jonathan Strange & o Sr. Norrel de Susanna Clarke

I like big books and I cannot lie...
A capa bonita, mas simples, e o tamanho do livro chamaram-me a atenção na minha primeira visita à Deja Lú - a Livraria de livros em segunda mão tão bonita quanto a causa que apoia.
Quando li a sinopse e vi que se tratava de um livro de fantasia, soube que tinha chegado às minhas mãos o livro certo.


A história passa-se numa realidade alternativa, em que a magia tem uma presença já dissipada no mundo. Acompanha o Sr. Norrel, o único mago que põe em prática a magia que ninguém se atreve a explorar mais do que nos livros escritos por magos antigos. A meio das guerras napoleónicas pela Europa, ele vai oferecer a sua ajuda mágica ao governo, que torce o nariz a estas práticas das quais Inglaterra já não presencia há 200 anos.

Sabem aqueles livros em que vos vão sendo dadas peças pequeninas que aos poucos vocês vão tentando juntar e no final veem a paisagem bonita que não conseguiam ver quando só se preocupavam com as peças? Este livro é assim.
Ficamos entretidos a seguir as façanhas do Sr. Norrel e a descoberta da magia de Strange, enquanto vão sucedendo coisas paralelas que vão tecendo a cadeia de eventos que culmina no grande desenrolar da história.
Adorei este mundo de fantasia, muito real, adorei a escrita e gostei imenso do facto de as duas personagens principais serem homens demasiado orgulhosos e cheios de defeitos. Chegou uma certa altura em que estava apenas a observar o seguimento das ações, sem saber bem por quem ou o que devia torcer.
As páginas passaram num ritmo não demasiado rápido, mas contemplativo e não sei porque é que nunca antes tinha ouvido falar do livro. 
Ainda bem que às vezes julgamos os livros pela capa, pois este foi um belo achado.



Bom fim-de-semana!

Com amor,
Catarina


segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Favoritos Verão


Custa despedir-me do Verão, até porque ele parece não estar a querer despedir-se de nós. Não me estou a queixar, mas o meu humor melhora um pouco com a descida das temperaturas.
Foi um Verão bom, com direito a umas semaninhas de descanso e reencontros de pessoas que já não via e ouvia sem ser em ecrãs hã demasiado tempo.
Vamos a mais uns favoritos?

domingo, 15 de agosto de 2021

"I got a perfect body but sometimes I forget/ I got a perfect body 'cause my eyelashes catch my sweat"

O título são versos do refrão de uma música usada muito em vídeos do body positivity que via no Tik Tok.
Não querendo atribuir o crédito a vídeos que vejo numa aplicação, tenho noção de um crescimento - maturidade talvez? - da minha parte em relação ao meu corpo.
Cresci nos anos 90, altura em que as cantoras e modelos usavam calças de cintura descida e tops que mostravam sempre uma barriga lisa à mostra. Não havia pêlos, nem coxas volumosas, o cabelo era liso e o peito enchia sutiãs de copa B ou mais.
Embora sempre me tivesse encaixado relativamente bem no padrão, por ser naturalmente magra, nunca me senti verdadeiramente bonita.
Sempre achei as minhas coxas desproporcionalmente grandes, depilava-me reliosamente uma vez por mês (no mínimo), usava sutiãs push-up, não mostrava a barriga porque tenho o último par de costelas bem marcado para a frente. Fazia exercício (era bailarina) e comia o que me apetecia, nisso, lá está, tive a "sorte" de ter um metabolismo de acordo com o que vigorava no padrão de beleza.
Mesmo assim, houve "bocas". Que não tinha mamas, que tinha demasiados pelos, que tinha que perder mais tempo a pôr creme para não ter mais estrias. Críticas que não vinham só da parte dos meus colegas adolescentes, mas também por parte de amigos e familiares mais velhos.
O Verão então, era a época em que mais ficava ansiosa e mais tempo perdia a tentar tornar o corpo mais parecido com o padrão. Tentar não comer tantos doces, inspeccionar quase ao milímetro a minha pele para ver se não tinha nenhum pêlo visível, encontrar biquinis que dessem a ilusão de um peito maior.
 Quando fui para a faculdade obriguei-me a ir procurar alguma atividade física porque estava a ficar com o "rabo mole". Nada contra fazer desporto, mas chegava a fazer aulas com imenso calor ou cansada e cheguei a sentir-me mal.
Talvez a "wake up call" tenha sido quando perdi imenso peso por uma mudança na dieta, só me apercebendo quando vi os números na balança. Porque aos meus olhos continuava a ter as coxas demasiado grandes, a barriga proeminente, quando na verdade tinha era que ganhar peso para estar saudável. Essa altura deixou-me levantar o véu da percepção que tinha de mim mesma. Começou a jornada por tornar a minha alimentação no meu combustível.
Sei que, ao longo dos anos, tenho cada vez menos paciência para estas coisas superficiais, mas ao mesmo tempo tenho ganho cada vez mais amor por mim mesma. E posso dizer que foi mais fácil ser mais gentil comigo quando o comecei a fazer pelos outros. Gosto dos meus amigos e orgulho-me deles, independentemente do seu físico. Tens as unhas arranjadas? Bom para ti. Mas se estiveres despenteadx e acabadx de acordar cheio de remelas achas que vou gostar menos de ti? Ou se tiveres pelos já não te vou abraçar? Ou se tiveres aumentado de peso vou sorrir para ti com menos entusiasmo do que antes? Não.
Tal como a mim. Este Verão tenho aceite convites para praia mesmo que tenha uns pelinhos já crescidos nas pernas. Tenho usado os fatos-de-banho sem almofadas e algumas roupas sem sutiãs porque são mais confortáveis para mim e não sinto que falte apoio às minhas maminhas copa A. Uso biquíni mesmo que a minha barriga esteja menos tonificada e tenha aumentado peso desde o ano passado. Calções curtos, a minha celulite espreita para vos dizer olá que nem a Anitta no "Vai Malandra".
Um bocadinho mais de amor, um dia de cada vez.


Com (ainda mais) amor,
Catarina

sábado, 24 de julho de 2021

Pudim de Chia com cacau

Sinto que os pudins de chia foram uma moda que me passou um bocado ao lado, quando tropeçávamos em receitas "fit" e em super-alimentos um bocado por tudo o que era influencer digital.
No entanto, numa entrega de um cabaz de frescos cá em casa, decidi incluir também sementes de chia para experimentar este alimento, famoso por ser nutritivo.
Já tinha ouvido falar dos pudins de chia como um lanche ou sobremesa saudável e decidi experimentar, baseando-me neste guia da Vânia do Made By Choices. 
Gostei bastante do sabor, mas a textura foi algo que estranhei à primeira. Agora, já tenho uma receita que gosto de fazer para levar este lanche para os turnos mais longos no hospital.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Favoritos Primavera

Mais um trimeste, mais uns favoritos.
A Primavera é das estações do ano que mais gosto, até porque sentimos os dias crescer e a nossa produtividade também. 
Continuamos confinados mas a data da vacinação está próxima, pelo que, embora mantenhamos os cuidados, vemos uma pequena luz ao fundo do túnel. Quem sabe na próxima Primavera não estejamos já a voltar à vida normal?


Numa procura por lanches saborosos e nutritivos quando faço turnos mais longos no trabalho, dei oportunidade aos pudins de chia. É uma opção muito saborosa e dá para preparar na véspera ou umas horas antes do meu turno para não me estar a preocupar no que é que vou levar em cima da hora ou ter depois a tentação de encomendar comidas mais gulosas, mas que não me fazem tão bem por Uber Eats. Comecei a fazê-los com este guia da Vânia do Made by Choices, mas agora já tenho uma receita que espero partilhar brevemente convosco.
Sempre que vou ao Aldi, não deixo escapar mais uma ou duas caixas de tofu fumado. É tofu, mas tem um sabor óptimo, quase que a lembrar bacon e é muito prático porque não tenho que me preocupar com os temperos ou em marinar, que sei que vai logo deixar qualquer prato mais saboroso. Já usei em sopas, massas, arroz (a imitar o de pato que a minha mãe faz) e nunca me desiludiu.





Tenho aproveitado a Netflix para ver filmes mais leves, quando tenho turnos de urgência mais calmos.
Moxie, foi um filme que gostei bastante pela mensagem de que nunca é desmasiado cedo para sermos feministas. Um filme fofinho, cheio de girl power e que demonstra que, mesmo em meios priveligiados, ainda há muito a ser feito.
Love Monsters, outro filme juvenil sobre um mundo pós-apocalíptico. Joel está há anos a viver num bunker com outras pessoas, visto ter havido um acidente químico que tornou a maioria das criaturas de sangue frio em gigantes. A rapariga de quem gosta está a viver do outro lado do país e Joel decide cometer um risco pela primeira vez na vida e fazer uma viagem muito perigosa pela superfície. Pelo meio aprende mais sobre o mundo que acha que conhece e conquista um amigo de quatro patas que para mim é a verdadeira estrela do filme. É um filme leve, mas com mensagens sobre sair da nossa zona de conforto e enfrentar os nossos "monstros".
Ainda na onda de mundo apocalíptico, The Mitchells vs The Machines é um filme de animação que retrata a história de Katie Mitchell, uma adolescente criativa, que sonha em ser realizadora de cinema. Está na iminência de começar a faculdade e encontrar pessoas que compreendam este seu lado criativo quando os humanos começam a ser aprisionados. Ela e a sua família "disfuncional" vão ter que salvar a humanidade e aproximar-se ao fazê-lo. 
Este filme foi uma roda de emoções, sendo hilariante, interessante e deixando-me à beira das lágrimas em vários momentos. A relação de amor-incompreensão da Katie e o seu pai é demasiado familiar à maioria de nós e acreditem que vão ficar com um quentinho no coração ao assistirem a esta história. Também tem uma certa crítica à nossa dependência pelos nossos equipamentos tecnológicos que me serviu muito bem a carapuça.
Também na Netflix, devorei a série Santa Clarita Diet em poucas semanas. Uma série cómica, com a premissa de uma mulher acordar como "zombie" um dia, a desejar carne humana e toda a adaptação que a restante família faz de maneira a ajudá-la e tentar manter a sua vida normal.
Já me viram aqui a falar de The Marvelous Mrs Maisel e, mais uma vez, fica a minha recomendação de uma série genial sobre uma comum dona de casa de classe alta que descobriu o seu talento natural para a comédia e tenta vingar num mundo dominado por homens.
Também na Amazon Prime vi Superstore, uma série que acompanhava há uns anos na Fox Comedy, mas da qual tinha perdido contacto. Segue a vida de trabalhadores de uma loja de uma cadeia de hipermercados e tem imensa piada. Adoro a Cheyenne e o Mateu, são a minha dupla de difamadores preferida.
Por último, dois filmes da Disney que me encheram o coração: Raya e o Último Dragão e Luca
Raya com uma história e mundo encantadores inspirados na Ásia Oriental, com lutas, dragões e magia; Luca com imagens de uma vila italiana à beira-mar, com monstros marinhos, pasta e música dos anos 50. Ambos com lições sobre tolerância, amizade e coragem.


Foi uma estação de boas leituras, sem dúvida. O tempo bom convida a leituras no terraço a apanhar sol de manhã.
Eleanor Oliphant is Completely Fine, de que falei aqui, tornou-se num dos meus livros preferidos e que recomendo a toda a gente. Gosto imenso da escrita, das personagens, dos temas mencionados. Adoro principalmente a Eleanor e foi daqueles livros que deixou saudades e a sensação de que poderia ter lido mais 500 páginas sem me aborrecer.
Gostei também da distopia Fahrenheit 451, sobre um mundo em que os livros são proibidos e o pensamento crítico visto como inútil. Um livro que reflete sobre o quão bom são também a tristeza e nostalgia, para crescermos e vivermos de verdade.
Por último, a estreia de um autor de que sei que vou querer ler mais: Klara e o Sol. É uma história escrita na perspectiva de uma inteligência não humana, alheia aos preconceitos e estigmas que nos são incubidos. A Klara é uma inteligência artificial positiva e curiosa que nos conquista logo nas primeiras páginas e as experiências pelas quais passa fazem-nos prestar mais atenção às características que nos tornam nós e o que é de facto a nossa identidade e individualidade.



Nestes últimos meses, destacaram-se principalmente dois álbuns que ouvi em loop.
O primeiro foi o álbum Sour da Olivia Rodrigo, que me fez voltar à adolescência com temas irreverentes como Brutal e Good For You, sem esquecer a a balada que me faz cantar a plenos pulmões: Drivers License.
Em segundo lugar, o lançamento do novo álbum da Mallu Magalhães, cheio de boa onda, Bossa Nova e a sua voz angelical que tanto amo. As minhas preferidas são Barcelona e Deixa Menina.


Tivémos direito a alguns feriados e fins-de-semana prolongados que permitiram sair do percurso casa-trabalho-casa.
Fomos a Braga, ver novamente a cidade por um canudo desde o Santuário do Bom Jesus do Monte, comemos comida boa e aproveitámos bom tempo para (re)visitar uma das cidades com mais vida de Portugal.
Aproveitámos também para levar o Bóris a praticar a natação que tanto gosta na Lagoa da Ervedeira, que já começa a ganhar a cor verde, roubada por um incêndio recente.


Esposende








Um grande favorito desde que o adquiri, é o copo menstrual, de que falei aqui. Melhor compra que já fiz, teve um período de adaptação, mas agora fico contente por ter uma opção tão prática e que me poupa tempo e dinheiro (e bom para o ambiente!).
Não sei porque ainda não tinha mencionado pelo blog, mas um dos podcasts que também sigo religiosamente é o Extremamente Agradável da Joana Marques. Gosto do seu sentido de humor e paciência em buscar pérolas pela televisão portuguesa e redes sociais.
Também em formato de podcast (se bem que o formato visual acrescenta ainda mais emoção à coisa), é o Reset, este projecto da Bumba na Fofinha que deu a conhecer o lado menos brilhante e mais difícil do percurso de pessoas que temos como bem sucedidas.



Espero que estejam a desfrutar deste tempo quente e que consigam ter as férias merecidas.
Pela hora a que sai esta publicação, já deverei estar na fila para levar a tão esperada vacina!

Com amor,
Catarina

domingo, 20 de junho de 2021

Vontade de fazer tanta coisa que acabo por não fazer nada

Sinto-me muito inspirada, cada vez que vejo alguém a iniciar ou a falar de um hobby.
Tenho muitos amigos que, agora que estão numa situação mais estável a nível de trabalho, procuram algo para "escapar" das responsabilidades e até onde pôr a funcionar o seu lado mais criativo.
Por outro lado, também tenho estado mais presente em algumas redes, como o Tik Tok, em que as pessoas partilham as suas paixões. É refrescante ver pessoas adultas que encontraram novos interesses e que dedicam parte do seu tempo a falar e a aprender mais sobre eles.
Já há quase um ano que tenho em mente criar um podcast. Tenho a introdução gravada e publicada (mas ainda não pública), tenho os temas de que quero falar e ideias para um espaço onde tirar dúvidas. Porém, quando gravei o episódio seguinte e vi que não ficou da maneira de que queria, desmotivei. Sei que vou acabar por conseguir gravar pelo menos os episódios da temporada que tenho pensada, mas como é da área onde trabalho, custa-me às vezes ir estudar ou pensar mais sobre o assunto quando o que quero é desligar de uma semana de ansiedades e pacientes mais complicados.
Tenho muito esta tendência em que, se não sou boa numa coisa à primeira, desmotivo em vez de trabalhar mais nela até conseguir fazer os básicos.
Gostava de (re)aprender a andar de patins, desta vez de quatro rodas em vez de patins em linha, para fazer passeios à beira rio e parecer elegante e ágil como as senhoras que vejo a dançar em vídeos. Mas sei que vou ter muitas quedas antes de conseguir andar em 10 metros, que sejam.
Gostava de bordar ou fazer ponto cruz, lembro-me de o fazer em EVT e gostar muito. É algo criativo, mas ao mesmo tempo com técnica. Sei que iria gostar de fazer coisas geeks, mas ao mesmo tempo também sei que é daquelas coisas que se errar um ponto, estrago o trabalho de horas.
Gostava de aprender língua gestual portuguesa, para conseguir conseguir alargar o leque de pessoas com quem comunico, mas sei que é preciso depois prática para não me esquecer dos vocábulos e já me estou a imaginar a esquecer de tudo como me aconteceu com a língua francesa, que aprendi durante 3 anos na escola.


Um dia vai ser o dia, espero.


Com amor,
Catarina



domingo, 13 de junho de 2021

"The Marvelous Mrs Maisel"

 A subscrição à Amazon Prime realmente está a valer a pena. Depois de devorar Fleabag e The Office nesta plataforma, vi a série que ultimamente tenho recomendado a toda a gente: The Marvelous Mrs Maisel.
Passa-se no final dos anos 50 em Nova Iorque, sendo o cenário e os figurinos lindos de morrer. Acompanhamos Mrs Maisel, tratada carinhosamente por Midge, uma dona de casa nos seus 20 e alguns anos, que vive para estar bonita, comprar vestidos e chapéus, dar festas e apoiar o marido (e de vez em quando ver os dois filhos pequenos).
O marido tem um emprego num cargo de chefia na empresa de um familiar, mas tem o sonho de conseguir fazer stand-up comedy, um sonho que Midge tenta ajudá-lo a seguir, vendo-o mais como um hobbie engraçado que o marido gosta de fazer algumas noites por semana.
Até que a vida dá uma reviravolta e, depois de uns copos, Midge dá um monólogo improvisado num palco e descobre que tem um talento natural para a comédia.
Adoro o sarcasmo presente no discurso das personagens, os diálogos rápidos e engraçados, mas também a grande dose de crítica social, com Midge a quebrar o preconceito que havia sobre mulheres e comédia. 
Os episódios são de 40 minutos, mas voam. Vi as três temporadas em menos de duas semanas e espero ansiosamente pela próxima.


Já viram a série? O que acharam?


Com amor,
Catarina

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Reset

Provavelmente, toda a gente que ler esta publicação já viu ou, pelo menos, já ouviu falar do projeto "Reset" de Mariana Cabral (aka Bumba na Fofinha).
Parece só mais um podcast humorístico (se vêm o vídeo, acho que é ainda mais rico), mas a premissa de ser uma conversa sobre o que não correu bem e o lado menos bonito destas figuras vistas como bem-sucedidas é muito refrescante e ávido de se ver.
Tenho gostado de todos os episódios, mas destaco o de dois, ambos músicos, pelos quais já sentia algum carinho. O da Carolina Deslandes, por falar sobre relações que não resultam e no desafio que é ser mãe de um menino no espectro do autismo e também de Salvador Sobral, que fala de como fez paz consigo mesmo quando esteve pior da doença cardíaca e de todos os desgostos amorosos que já teve. Este último já sabem que teve um sabor especial, sofrendo eu de Salvadorcite crónica.

Vejam, que a hora e meia passa a correr.
E palmas para a Bumba, caraças.


sábado, 24 de abril de 2021

"Eleanor Oliphant is completely fine" de Gail Honeyman

Já tinha ouvido falar do livro "A Educação de Eleanor" o ano passado e as críticas eram unânimes: é um livro bom, daqueles que vale mesmo a pena.
A sinopse do livro nunca me fez adivinhar a explosão de emoções e toda a complexidade de personagens e enredo que cabe neste pequeno exemplar.
Eleanor é uma jovem mulher, que vive sozinha e rege a sua vida por organização, rotina e repetição das mesmas. Chega a sexta-feira à tarde e muitas vezes só volta a falar com pessoas quando regressa ao trabalho na segunda-feira de manhã. Vive aparentemente satisfeita com isso. 
Até ao dia em que ao sair do trabalho assiste ao desmaio de um senhor de idade e, encorajada por um colega da mesma empresa, socorre-o. 
A partir daí vai ver as suas rotinas sofrerem um abalo, vai conhecer novas pessoas e ver um pouco do que andava a perder.
Acho que o que mais me agradou neste livro, foi o facto de todas as personagens serem credíveis, com os seus defeitos, qualidades e interações que vejo acontecerem no dia-a-dia.
No início as interações sociais da "Eleanor" pareceram-me quase as de alguém no espetro do autismo, por serem um pouco desajustadas, mas rapidamente vamos aprendendo que a infância e crescimento da personagem principal foram muito longe do "normal". Muitas dessas interações fizeram-me rir, outras emocionaram-me.
Sei que fiquei a torcer por esta mulher especial e gostei imenso da forma como lhe deram um final "em aberto". Mesmo assim, foi daqueles livros que custou no coração ter terminado. Adorava que lhe dessem uma sequela.

Se querem rir, chorar, ser surpreendidos e pegar num livro que dê vontade de ler em todos os pedacinhos de tempo livre, A educação de Eleanor é para vocês.


Com amor,
Catarina

sábado, 27 de março de 2021

Copo Menstrual - A minha experiência

Na minha caminhada para uma existência mais ecológica, o método usado na altura do mês em que o meu útero deita as suas frustrações cá para fora era uma das coisas que eu queria mudar.
Sempre preferi pensos higiénicos a tampões, por isso embora o copo menstrual fosse muito falado e elogiado pela simplicidade e capacidade de reutilização, tinha receio de experimentar e fui adiando outras opções pois não me pareciam tão práticas.
Já estava quase convencida, quando uma amiga me disse "eu não gostava de usar tampões e o copo não me incomoda nada". Decisão tomada.
Comprei o OrganiCup, tamanho A e penso que me custou 24€ numa encomenda da Saponina (aproveitei que ia encomendar também um saco de sementes e alfazema). Há à venda em muitas lojas ecológicas online, incluindo a da marca.
Após esterilizar uns minutos em água a ferver e ver os vídeos instrucionais no site da marca, coloquei o copo a primeira vez e... correu maravilhosamente bem. Achei que afinal era mais fácil do que diziam, mas no dia seguinte devo ter colocado incorretamente, pois houve uma pequena fuga para a roupa interior. Também houve um dia em que coloquei mais para cima do que o costume e tive alguma dificuldade em tirar, mas fora isso correu sempre muito bem.
Não vos sei descrever o alívio que é saber que, em casa, tenho sempre um copo menstrual à espera caso precise. Sou um pouco distraída e já foram várias as idas ao supermercado para comprar apenas pensos higiénicos, pois tinha acabado com a caixa no ciclo anterior.
Para além deste fator prático, de ser um método sem perigo para a saúde e muito mais amigo para o ambiente que os produtos descartáveis, existe também a vantagem económica, já que o copo bem estimado pode durar até uma década. Pelas minhas contas, se ele me durar um ano e meio já me poupa a carteira.
Não acho que seja um método para toda a gente, já que é um pouco mais invasivo: precisam de usar o vosso dedo no canal vaginal para verificar que o copo está bem colocado e depois para desfazer o vácuo e retirá-lo; assim como ver o sangue quando despejam o conteúdo do vosso copo na sanita ou chuveiro.
Para mim é confortável, quase me esqueço que estou com ele e mesmo passadas 12h não tenho sequer metade do recipiente com conteúdo o que facilita a sua remoção. 
Estou fã!





Também já usaram produtos menstruais reutilizáveis? Qual a vossa experiência?


Com amor,
Catarina

quarta-feira, 24 de março de 2021

Favoritos Inverno

Com a chegada da minha estação preferida do ano, em que os dias estão a crescer e há uma diminuição progressiva de novos casos de covid-19, sinto também a minha positividade a crescer.
Foi um Inverno em que o isolamento se tornou imperativo, mas à falta de estar com as pessoas que gosto ou ir aos meus restaurantes favoritos, tentei fazer coisas que me deixam feliz no dia a dia, para escapar das preocupações do trabalho.



Com o regressar do bom tempo, em Fevereiro, voltou também a vontade de aproveitar o pequeno terraço de casa do meu namorado para produzir um pouco de vitamina D enquanto me perco em outros mundos na leitura.
O grande favorito foi "O Pintassilgo", ao qual dediquei uma publicação, mas também li de rajada o "Um de Nós é o Próximo" de Karen M. McNamus. Este último é um thriller juvenil, que acompanha três adolescentes de uma escola secundária onde começou um jogo de verdade ou consequência que revelou ser fatal. É a sequela do "Um de Nós Mente" e acho que não lhe fica nada atrás.




A comida caseira tem sido a regra dos últimos dias e tenho descoberto cada vez mais coisas que gosto de cozinhar.
Nos dias em que estamos ambos cansados ou apenas virados para encomendar comida, o Mr. Lee tem sido um dos restaurantes a que temos recorrido. 
Penso que têm mais do que uma loja em Lisboa e o Pad Thai, o Nasi Goreng e as Gyosas vegetais são de comer e chorar por mais.

As plataformas de streaming têm sido as nossas melhores amigas desde o início do confinamento e este Inverno não foi exceção.
Aproveitámos a subscrição ao Disney+ para ver The Mandalorian, uma série que conseguiu o feito de agradar a maioria dos fãs do universo de Star Wars. É uma série de aventura, com momentos de ação, mas também queridos e atrevo-me a dizer que, mesmo quem nunca viu nenhum filme deste universo cinematográfico, vai gostar da história do Mandaloriano e do Baby Yoda, como ficou conhecido pelos fãs.
Vi também alguns filmes do universo da Marvel, como foi o caso de Captain Marvel que gostei imenso e acho subvalorizado e de Black Panther, que realmente é do outro mundo.
No meu isolamento de 5 dias enquanto tive sob suspeita de estar infetada com o vírus do momento, consumi avidamente Bridgerton, que, embora não seja nada super espetacular, revelou-se um bom entretém numa fotografia muito bonita e um enredo romântico.
Também na Netflix, vi o último filme da triologia To All The Boys I've Loved Before: Always and Forever. Já tinha lido o livro em que foi baseado e, para mim, foi dos raros casos em que gostei mais do filme do que do livro. Sim, são filmes juvenis, mas dentro do género são amorosos e divertidos.
Para rir, recomendo-vos muito a série Fleabag, cujas duas temporadas souberam a pouco e que me fizeram soltar muitas gargalhadas (opinião aqui).
Também disponível na Amazon Prime, eu e o meu namorado começámos a ver The Office (versão USA). Percebo porque é que a série foi tão popular. É daqueles casos em que à primeira estranha-se mas depois entranha-se. Já somos fãs do Michael Scott.


No Natal, o meu irmão ofereceu-me um hoodie da minha página de Twitter favorita de sempre (WeRateDogs). Para além da mensagem fofa - e verdadeira! - é muito confortável e quentinha.



Também na onda do conforto, acabei por juntar uma encomenda de meias necessárias, uma não tão necessária "loungewear", que é só uma designação trendy para "roupa de andar por casa". Esta camisola com capuz de poliéster e estas calças de algodão da H&M são a roupa mais confortável e, mal chego a casa, enfio-me nelas.



Em termos de produtos de beleza, tenho a  destacar dois produtos: um para cabelo e outro de rosto.
O óleo para cabelo de argão da Inecto, foi-me oferecido por uma amiga da minha mãe no Natal, que me deu um cabaz de coisas naturais e vegans bastante jeitoso. Este óleo é para usar no cabelo ainda molhado e deixa-o bem mais macio e brilhante, sem aumentar a oleosidade do mesmo.



Mais uma prenda, mas de há mais tempo, da minha madrinha da Irlanda. É um creme e sérum, da marca Superdrug, de camomila com efeito calmante. Se realmente é calmante não sei, mas é rapidamente absorvido, deixa a minha pele suave e com textura uniforme. Tem também um aroma muito agradável e subtil.





Continuamos nos treinos e exercício físico em casa e as minhas duas companhias prediletas continuam a produzir muito conteúdo para me pôr a mexer o corpo.
Estou a fazer o programa de 30 dias "Breath" da Adriene e, mais uma vez, estou a gostar imenso. Estou a fazer ao meu próprio ritmo, mas consigo sentir a ligação entre as várias sessões de Yoga na mesma.
A Maddie inspirou-se em músicas do álbum Evermore da Taylor Swift e criou um Dance Workout mais aproximado de uma aula de dança, tanto com pliés de ballet clássico como passos de dança contemporânea. Já fiz mais que uma vez e deixa os músculos doridos ao mesmo tempo que me abate as saudades das aulas de dança.




Boa Primavera!

Com amor,
Catarina


quarta-feira, 10 de março de 2021

Biblioteca - O Pintassilgo de Donna Tart

Na minha adolescência, os meus olhos brilhavam quando via que o livro que ia ler a seguir se qualificava como "calhamaço".
Significava que era mais tempo a que teria direito naquele universo descrito por aquele autor, mais conversas que iria ter com aquelas personagens e possivelmente direito a ter um enredo mais interessante, para prender os leitores durante tantas páginas.
Ultimamente, tenho tido mais dificuldade em abraçar livros mais densos. Ou para me dedicar à leitura, por si só. Acho que há tantas distrações, tantas coisas que temos num só pequeno retângulo portátil que levamos para todo o lado, que tenho mais dificuldade em lembrar-me do livro que tenho na mesa de cabeceira para ler.
Mas não se deixem intimidar pelas quase 900 páginas de "O Pintassilgo". É uma história bonita, de como o grande azar de estar no sítio errado à hora errada pode fazer a vida de alguém dar uma volta de 180 graus.




Theo Decker é um adolescente de 13 anos, nova-iorquino, que vive com a mãe. Anda a atravessar uma fase rebelde e, numa visita a um museu para ver uma das obras de arte favoritas da mãe antes de irem para uma reunião sobre o mau comportamento de Theo, uma explosão ocorre.
Theo é um dos poucos sobreviventes e, antes de morrer, um dos outros visitantes oferece-lhe o quadro "O Pintassilgo" do pintor Fabritius.
É uma história comovente, sobre o luto e a dor de saber que não há maneira de voltarmos à nossa vida anterior e recuperarmos quem amamos, por muito que o desejemos. É sobre crescimento, sobre encontrar a nossa casa e a nossa família, mesmo que não seja de sangue. É sobre amor, nas suas variadas formas.
Sofri imenso com o Theo, preocupei-me quando o vi a fazer escolhas pouco desejáveis e saudáveis, mas sei que no fundo ele só queria sobreviver e ser feliz.
Gostei que o livro envolvesse várias fases da vida de Theo, havendo saltos temporais para conseguirmos acompanhar e sei que se o livro fosse maior, não me teria importado nada de ler um pouco mais sobre as personagens às quais ganhei tanto carinho.
Recomendo muito "perderem" umas horas das vossas vidas a perder-se nesta história. 


Já leram este livro? E a adaptação cinematográfica, recomendam?

Tenham o resto de uma óptima semana!

Com amor,
Catarina

domingo, 31 de janeiro de 2021

Fleabag

O meu irmão ofereceu-nos no Natal a subscrição de vários serviços de streaming. Eu, que estava habituada a ter apenas Netflix (e a ver uma ou outra coisa que me interessava a bordo de barcos piratas...) estou a descobrir todo um novo mundo.
Aproveitei a Amazon Prime para ver uma série de que tinha ouvido óptimas críticas, mas da qual desconhecia completamente o enredo: Fleabag
"Fleabag" é uma mulher jovem, dona de um pequeno café em Londres que está a ir à falência e metida numa relação que também não leva muito a sério. É extrovertida, com um sentido de humor nem sempre oportuno e usa o flirting e o sexo para se distrair de coisas menos boas que se passaram na sua vida.
No início estranha-se, mas depois entranha-se os constantes olhares e confidências que esta personagens nos faz a nós espectadores e, que a meu ver, tornam a série hilariante e irreverente.
Vi os três primeiros espisódios sozinha, mas depois revi com o meu namorado porque sabia que ele iria gostar e achar tanta graça quanto eu.
A segunda temporada também é muito boa, tornando-se talvez um bocadinho mais profunda e refletiva, não deixando de ter cenas extravagantemente engraçadas.
Menção honrosa também à Claire, irmã da Fleabag que também foi uma das minhas personagens preferidas e à madrasta, que faz a da Cinderela parecer uma querida.




Se já viram, o que acharam? E qual a vossa personagem preferida?


Um bom Domingo.


Com amor,

Catarina

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Foi só um susto

Hoje de manhã recebi o tão aguardado resultado do teste de covid-19: não detectado.
Embora tenha sentido um grande alívio, não consigo deixar de me preocupar um pouco com qual será a causa da minha dor de cabeça que já tem quatro dias de duração.
A médica de família ficou de me ligar hoje, o que não se verificou... Da única vez que o centro de saúde me atendeu o telefonema pediram para expor a situação por e-mail e, até agora, também não obtive resposta.
Sei que provavelmente é por falta de tempo e recursos, mas não deixa de ser frustrante pois, até alta médica, tenho que continuar em isolamento e não posso ir ter com o meu namorado, nem dizer à minha chefe quando é que pode voltar a contar comigo.
Obrigada por todos os comentários carinhosos na última publicação.
Agora só me resta esperar pela manhã de amanhã para tentar novamente ter uma resposta da minha médica.


Com amor,
Catarina

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Suspeita de covid

 Escrevo isto, três horas depois de ter ido fazer o desconfortável rastreio de covid-19.
Já tinha feito este teste em Abril do ano passado, devido a uma febre que tive (fui mordida por um cão que estava a acordar de uma anestesia) e era obrigatório qualquer pessoa com febre superior a 38º ser testada.
Na altura estava confiante de que seria negativo, já que sabia a causa do meu aumento de temperatura. E os números em Portugal estavam baixos, com toda a gente confinada. Bons tempos.
Desta vez a situação é diferente.
Ontem começou-me a doer a cabeça de manhã, mas associei a uma má noite de sono. Entretanto estava a falar por mensagens com uma colega de trabalho minha que estava em isolamento e a aguardar o resultado do teste (já tinha dado negativa no teste rápido). Pela hora do almoço descobrimos que ela era positiva no de PCR. 
À tarde senti-me febril, vi a minha temperatura e estava com 37,4. Cerca de 0,7 graus mais alta que a minha temperatura habitual. Tomei um paracetamol, mas os alarmes começaram logo a soar na minha cabeça. Estive, ainda que de máscara, a trabalhar com uma pessoa positiva até quatro dias antes...
Falei com a minha chefe, que entretanto também tinha sido informada do caso da minha colega e liguei para a saúde 24. Após uma hora de chamada, chegaram à conclusão que o melhor era eu ficar em isolamento e fazer o despiste.
Isolei-me logo no apartamento que normalmente partilho com o meu irmão, mas que se encontra vazio já que ele está em teletrabalho em casa nossos pais. 
Hoje de manhã fui fazer o teste em modo drive-thru, com imensa gente, e voltei a ter a dor de cabeça incomodativa. Sinto-me também cansada. O meu namorado trouxe-me muitas das coisas que tinha deixado em casa dele, comida e gulodices e desde aí que estou em casa.
Já recebi a chamada da médica de família para saber da situação e agora cá estou, a aguardar, enquanto decido se vou sucumbir ao sono e fazer já uma sesta ou se acabo de ver o segundo episódio de Bridgerton que comecei ao almoço.
Vamos esperar que seja negativo.


Espero que todos se encontrem bem e estejam a ser cuidadosos.

Com amor,
Catarina



sábado, 16 de janeiro de 2021

Favoritos Outono 2020

Sei que estamos na altura das reflexões sobre o ano que se passou, mas eu cá vou continuar as minhas retrospectivas trimestrais. Desta vez, sobre este Outono que passou, onde tivémos de encontrar algum alento no meio de uma segunda vaga da pandemia.


O primeiro grande favorito é um lançamento da Nescafé que tem feito as minhas delícias, trazendo-me um Latte digno de Starbucks à minha caneca cá de casa. Já provei a Oat Latte e a Coconut Latte e, embora as duas sejam óptimas, a primeira é a minha predilecta. Ainda por cima tenho-as encontrado sempre em promoção.


A segunda recomendação, ainda no tema de bebidas quentinhas, é uma dica da Catarina Barreiros. Usar bebida vegetal (que podem fazer em casa com um robô de cozinha) bem quentinha num frasco de restos de manteiga de frutos secos. Experimentei num frasco de manteiga de amendoim com bebida de aveia e uma pitada de canela e ficou delicioso.
Ainda na onda vegetal, fiquei super fã do "picado de carne" vegetal do lidl. Chama-se Next Level Picado e o sabor, a textura e a versatilidade ajudaram a matar saudades da bolonhesa cá em casa.



"Over the moon" é um filme de animação da Netflix, com inspiração na cultura chinesa. Conta a história de Fei fei, uma menina que quer ir à Lua para provar que a lenda da deusa da Lua Chang'e é real. Tem a coelhinha mais fofa de sempre como ajudante e confesso que me emocionei muito neste filme sobre o sentimento de tristeza e perda.
Continuando no mundo da animação, ando apaixonada pela série "She-ra and the Princesses of Power", também da Netflix. Adora é uma rapariga soldado, que treina para lutar contra as maléficas princesas, até ao dia em que vai para o terreno e descobre que afinal pode não estar no lado dos bons da fita... Encontra também uma espada que lhe dá poderes e desperta memórias que não sabia ter. Tem personagens destemidas, tem lições bonitas sobre amizade e aceitação e também representatividade de raças, orientação sexual e identidade de género. As minhas personagens preferidas são a Princesa Scorpia e o Capitão Seahawk. Vale muito a pena.
Num estilo de animação diferente e com uma década de existência, devorei "Full Metal Alchemist" na companhia do meu namorado. Já falei sobre este viciante anime na publicação que fiz sobre este género de animação.
Para acabar numa nota mais séria, convido-vos a ver o filme "Philomena" que conta a história real de uma adolescente irlandesa, que foi castigada pela família por ter engravidado de uma relação casual, ao abandonarem-na num convento para ter a criança em segredo. Muitas raparigas encontravam-se lá pelos mesmos motivos e, viram os seus filhos serem dados para adopção sem a sua autorização. 
Um jornalista inteira-se desta história e convida-a para irem aos Estados Unidos da América à procura do seu filho.
É uma história que nos toca o coração e dói, sabendo que esta foi a realidade de muitas mães e algumas famílias até em Portugal (lembro-me de ver uma reportagem sobre um orfanato católico nos Açores).

 


O Hipnotista foi uma recomendação da minha mãe e a minha estreia na escrita de Lars Kepler (que na verdade é o pseudónimo de um casal sueco). Este romance policial foi daqueles livros em que me sentia pouco interessada nas primeiras páginas, mas que acabou por me agarrar à medida que o enredo se ia desenvolvendo.
Conta a história de Erik, um médico que também estuda a hipnose como maneira de superar trauma e que é chamado pela polícia para tentar obter o testemunho de um sobrevivente a um massacre de uma família, de maneira a tentar impedir que o assassino ataque também uma familiar que se encontrava noutro local.
Nada é o que parece e vamos tendo também umas luzes sobre o passado de Erik e o porquê de ele ter abandonado o método de hipnose. Gostei imenso.


O Conversas entre Amigos é a primeira obra publicada de Sally Rooney, autora de Normal People que provavelmente foi o meu livro preferido do ano (e a série é também divinal). É uma história muito interessante, sobre um envolvimento extra-conjugal e como isso afeta a relação da protagonista com os amigos mais próximos e ela mesma. Escrevi uma publicação sobre o mesmo aqui.


Quando o tempo arrefece, a minha pele tem sempre tendência a ficar mais seca. Tenho encontrado um aliado nesta máscara da Simply Pure, que me foi oferecida pela minha tia que vive na Irlanda. É uma leave on water mask para peles sensíveis e funciona bastante bem. No entanto, continua a ter um amor ainda mais forte por esta máscara hidratante da The Body Shop (de que falei nestes favoritos).

Outro produto de que estou fã, é o esfoliante de óleo de côco e açúcar que fiz por casa e que já vai a metade do frasco. Se tiverem curiosidade, expliquei como se consegue fazer aqui.



Há algumas músicas que andei a cantarolar especialmente nesta última estação. 
Graças ao Tik Tok e a uma coreografia super simples e fofa, conheci o "Space Girl" da Frances Forever. Uma música com boas energias e querida que a autora escreveu após ver um episódio de Star Trek.
Na época de Natal, costumo ouvir sempre os mesmos clássicos, sendo o meu favorito o "Driving Home for Christmas", que nunca falha na viagem para casa dos meus pais. Adicionei à playlist festiva o "Snowman" da Sia, que tem um refrão que fica no ouvido e nos faz querer cantá-lo a plenos pulmões.
Por último duas artistas portuguesas que merecem reconhecimento: Carolina Deslandes com o seu "Não me Importo" e o cover de "Devia Ir" pela Bárbara Tinoco.




O jogo "Among Us" esteve na berra e foi uma forma divertida de passar tempo com alguns amigos. Sou uma péssima impostora e descobri que tenho amigos que são excelentes mentirosos quando querem...

Há algum tempo que invejava o carrinho de compras das senhoras mais velhas, já que muitas vezes vou ao supermercado a pé e trago um saco grande em cada ombro. O meu namorado surpreendeu-me com um modelo bem robusto, com espaço para as compras da semana. É tão prático que já não me imagino a ir às compras sem ele.


Também na onda de coisas que as pessoas de idade têm (e com razão), comprei este saco de cereais e alfazema por encomenda na Saponina - uma marca portuguesa, vegan e amiga do ambiente. Basta aquecer 2 minutos no microondas e fica quente e com um cheirinho a alfazema que me deixa em modo relaxamento ao final de um dia. Como é constituída por cereais, dá para ajustar a qualquer parte do corpo, e uso-a sempre que tenho dores musculares localizadas. No entanto, o meu uso preferido é levá-la quentinha para a cama comigo nestes dias mais frios.



Por último, só referir os vários podcasts que o "Bruno Aleixo" cria para a Antena 3. "Aleixopédia", "Aleixo FM" e o meu preferido "Aleixo Amigo". São episódios curtinhos, mas que me fazem rir em voz alta muitas das vezes.


Desejos de um bom 2021!


Com amor,

Catarina