No segundo dia em Quioto, fomos visitar dois dos lugares mais emblemáticos da região: o Pavilhão Dourado e o Castelo de Nijo.
O Pavilhão Dourado (Kinkaku-Ji) é um templo budista construído no século XIV, mas cuja estrutura que agora se vê data dois séculos mais tarde, após ter sido destruído por chamas por um monge com alterações mentais.
O primeiro andar é revestido a madeira, mas os superiores são revestidos a folha de ouro, dando o nome ao conhecido monumento. No seu topo ergue-se uma fénix dourada chinesa (Fenghuang).
O lago ao seu redor é conhecido como o "lago espelhado" (Kyoko-chi) e está inserido num parque antigo com jardins inspiradores.
Após a descida do autocarro, tivemos uma breve explicação do que iríamos ver por parte da nossa guia. Na maior parte dos monumentos que visitámos, existe um mapa ilustrado na entrada e é sempre bonito.
Assim que se vê o pavilhão ao longe a brilhar ao sol, o sentimento de deslumbramento é comum qualquer que seja a nacionalidade do turista. Nem é o facto de sabermos que ali "o que luz é ouro", mas é um edifício tão bonito que parece ter saído de um conto de criaturas fantásticas ou princesas japonesas. Ao sol quente de Agosto é uma imagem maravilhosa, mas já vi fotografias tiradas no Inverno, com a montanha carregada de neve e aí parece ainda mais mágico.
A famosa fénix chinesa, no topo |
O templo fica no centro do Lago Espelhado, tendo um pequeno cais para atracar o antigo barco que transportava os moradores entre a casa e as margens.
Mesmo nas traseiras da casa, já fora do lago, existe um pinheiro famoso por ter a forma de um barco. Conseguem imaginar ali a proa e a vela?
De resto, os jardins tinham uma aura mística e calma tão grande quanto a beleza. Antigamente, as mulheres nobres usavam este espaço para passear, pôr a conversa em dia e tomar chá.
Ainda na parte da manhã fomos ao Castelo de Nijo (Nijo-jo), onde viveu o último shogun (governante militar) a reconhecer a soberania do Imperador, terminando a época em que o Japão era governado por shoguns. Não se podia fotografar o interior, mas é tudo o que eu imaginava um palácio antigo japonês ser. Nas paredes existiam gravuras de árvores asiáticas, flores ou animais como leões, tigres, leopardos e grous. Uma curiosidade: os japoneses não sabiam que os leões e leopardos eram espécies diferentes e assumiram que o leopardo era a fêmea do leão. O chão das várias divisões era tatami (tínhamos que descalçar os sapatos à entrada) e as janelas eram de papel.
Como representação histórica, existiam manequins agrupados e caracterizados como os samurais, o shogun e o imperador se teriam sentado no momento em que o poder passou para o Imperador. Para mim foi peculiar, porque sempre pensei nos samurais como uma coisa distante e irreal, mas a verdade é que para a cultura japonesa é uma coisa absolutamente palpável, tal como são para nós os nossos cavaleiros, por exemplo.
E claro, como castelo japonês que se preze, não basta ter um interior arrebatador, mas também um jardim com um enorme lago, pinheiros e pedras ornamentais.
Espero que tenham gostado de conhecer mais um bocadinho da cidade de Quioto, no Japão. Eu cada vez mais me estou a aperceber que na verdade estas publicações são com o intuito de ser um guia para também eu voltar lá um dia, tal são as saudades que sinto.
Por curiosidade, aqui ficam os pinos de trânsito que estavam à entrada do castelo, super fofos (ou kawaii!).
Com amor,
Catarina
Tinhas muito jeito para ser guia :)
ResponderEliminarObrigada :p
Eliminar