sábado, 23 de dezembro de 2017

Coisas ridículas em que acreditava quando era criança

Estamos naquela época do ano em que paira alguma magia no ar. O amor, a solidariedade andam em altas e ninguém sente isso tão intensamente quanto as crianças. Muitos de nós temos saudades desses tempos, quando éramos inocentes e jurávamos a pés juntos que tínhamos ouvido os sinos das renas antes da visita do velho de barbas brancas.
Mas o Pai Natal não foi a única coisa "ridícula" em que acreditei em pequena. Querem rir-se comigo um bocadinho?


Castelos em todas as Cidades
Quando era miúda, achava que todas as cidades do mundo tinham castelos. Porquê? Porque sou de Leiria, onde há um castelo e costumava ir passear para Pombal e para Lisboa, cidades com castelos. Até que um dia teremos ido a uma cidade em que não existia e quando questionei os meus pais eles lá me explicaram que realmente não são um marco de todas as cidades.

Os Brinquedos com Vida
Esta obviamente comecei a acreditar após ver o Toy Story. Mas enquanto os outros miúdos viam, riam-se e sabiam que os seus brinquedos eram objetos inanimados eu pensei que poderia existir um fundo de verdade. Para além de tentar brincar com os meus bonecos igualmente para nenhum se sentir injustiçado, também me lembro de olhar pela fechadura para o quarto dos brinquedos tentando apanhá-los em flagrante e de tentar ficar acordada para ouvir as minhas Barbies a andarem de um lado para o outro no meu quarto.

As Moscas que adoram Arroz
A minha avó materna de vez em quando punha-se com um mata-moscas em riste e fazia uma caçada a estes insetos cá por casa. Dizia a lengalenga "anda cá mosca que eu dou-te o arroz" à qual eu achava imensa piada e distribuía tiros certeiros. Porém, eu pensava que a lengalenga servia para atrair as moscas por elas gostarem de arroz. Não sei quando descobri que o arroz não era a ambrósia das moscas, mas foi embaraçosamente tarde.

As Educadoras São
No primeiro ano do Jardim de Infância a minha educadora chamava-se São. No ano seguinte, tive uma nova educadora e por coincidência esta também tinha o nome São. Então na minha lógica de criança achei que São era o nome com que se tratavam as educadoras, como por exemplo os meus primos mais velhos tratavam por "stôr" os professores deles. No ano seguinte a minha terceira educadora já teve um nome diferente por isso fiquei logo esclarecida.

A minha Tia que trabalhava sentada
Eu gostava de saber as várias profissões dos membros da família e uma vez perguntei aos meus pais o que a minha tia X fazia. Eles responderam "Trabalha num Banco." Eu lá imaginei a minha tia a trabalhar sentada num banco mas nem questionei o que ela fazia sentada o dia todo...


Também têm histórias destas engraçadas? Sintam-se à vontade para partilhar!

Com amor,
Catarina

6 comentários:

  1. A última é a mais fixe :)

    A primeira é legit. O Pai Natal vive no polo norte com os ursos polares e as renas. Tem lá um escritório e tudo. Envia uma carta, e com sorte recebes o que queres :D

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    1. Tens a certeza? Há imensa gente a dizer que o velhote não existe :p
      Mas vou mandar na mesma!

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  2. Eu achei, até perto dos 10 anos, que a terra natal da minha avó se chamava "Terra". Explicação: os meus pais diziam-me "Vamos à terra". E eu pensava que era assim que se chamava a localidade. Depois lá descobri que não... E, claro, acreditei no Pai Natal.

    As tuas histórias são super engraçadas!!

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    1. Ahahahaha essa da terra chamada "Terra" é muito boa!
      Obrigada e beijinhos!

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  3. Olá! Encontrei hoje o teu blogue e fiquei ligada ao que escreves :)
    Continuando a partilha destas maravilhosas "crenças", eu pensava que todas as crianças tinham dois tipos de avós: os avós que vivem na mesma terra, junto a nós, e os avós que vivem noutra terra longe da nossa, ainda que no mesmo país.
    Também acreditava que Jesus era da "nossa" Nazaré, praia em Leiria.

    :)
    Inês

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    1. Fico muito feliz por esta "ligação" :)
      Por acaso no caso da Nazaré, eu também pensava nisso e lembro-me perfeitamente da minha desilusão quando me explicaram que era noutra Nazaré num país longínquo :p
      E a dos avós também se aplica ao meu caso, podia ser uma teoria perfeitamente válida ;)
      Beijinhos!

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