domingo, 14 de janeiro de 2018

Catarina na Terra do Sol Nascente - Hiroshima

No último dia de Kyoto, existia uma visita a uns Jardins de Bambú opcional, mas o meu pai queria muito mostrar-nos Hiroshima que era pertíssimo indo de Shinkansen (o "comboio-bala").
Embora tenha sido um dia extremamente quente e húmido, fiquei grata por ter visto o palco de um dos momentos mais negros da humanidade em primeira mão. Acredito piamente que devemos aprender com os erros e este foi um deles.

Memorial da Paz de Hiroshima (edifício deixado no estado em que ficou após a bomba nuclear)



Entre a estação de comboio de Hiroshima e o Parque Memorial da Paz são cerca de 30 minutos a pé. Assim que a famosa cúpula semi-destruída surgiu no horizonte senti aquele peso no peito de testemunhar algo terrível. 
Este edifício foi escolhido como o Memorial da Paz de Hiroshima porque a bomba nuclear explodiu metros acima dele. Como o impacto foi vertical, as paredes também verticais mantiveram-se, ao contrários dos edifícios que se encontravam à sua volta.


O Parque foi construído no descampado que se formou após a explosão da bomba, onde antes era o centro e zona mais movimentada da cidade. Tem como propósito não só homenagear as 140 mil vítimas deste atentado, mas também sensibilizar as pessoas para o horror destas armas e apelar à paz acima de tudo.

Monumento da Paz das Crianças

Aqui dentro encontra-se a chama da paz, que permanecerá acesa até à destruição de todas as bombas nucleares do mundo

O sino da paz
 Após a volta no parque, dirigimo-nos ao Museu da Paz de Hiroshima. Não vou mentir, é bastante pesado. Tem vídeos e simulações a demonstrar a destruição da cidade que ocorreu nesse dia há 72 anos atrás, testemunhos de sobreviventes e objetos recuperados que evidenciam os efeitos degradantes das radiações nucleares.

Uma fotografia da famosa cúpula dias após o impacto

A ordem assinada pelo presidente americano para lançar a bomba

Roupa de vítimas

Saí com um nó na garganta, principalmente tendo em conta que 70 anos depois o uso de armas nucleares continua eminente. Neste momento temos dois líderes de países que afirmam ter um botão pronto para disparar e causar uma destruição ainda maior que a de Hiroshima. Convidava-os a uma visita a este museu, com atenção.

Para acabar com uma nota mais ligeira, a nossa estadia em Hiroshima terminou com um almoço dos famosos Okonomiyaki. É uma espécie de panqueca/pizza de noodles com os toppings que quisermos, existindo até versões sem quaisquer ingredientes de origem animal. Acho que ninguém na mesa conseguiu terminar a sua mas eram deliciosas! 



Com amor,
Catarina

10 comentários:

  1. e assim em 5 minutos fizeste-me querer la ir também!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Devia ir para agente de viagens :p
      Quando quiseres ir diz, que eu junto-me para ir outra vez :)

      Eliminar
  2. Que lugar bonito mas com uma história tão pesada..
    Deste-me muita vontade de o visitar, mas ao mesmo tempo até senti o coração mais pesado...
    As fotografias estão fantásticas :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, é um contraste entre uma paisagem tão bonita e um ambiente um pouco pesado.
      Obrigada e beijinhos!

      Eliminar
  3. Também fiquei com vontade de lá ir como a capussy! Lembro de me sentir assim quando vi as praias do desembarque na Normândia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Infelizmente é outro sítio também marcado por bastantes mortes :/
      Quando quiseres ir diz que eu vou contigo!
      Beijinhos!

      Eliminar
  4. Deixaste-me com vontade de lá ir. Infelizmente, parece que a chama da paz vai continuar acesa durante um bom tempo...

    ResponderEliminar
  5. Que sítio tão bonito, mas que ao mesmo tempo deve ser muito duro visitar, dado a sua história pesada :(.
    Beijinhos,
    Cherry
    Blog: Life of Cherry

    ResponderEliminar

Querido marquês ou marquesa, sente-te à vontade para "opinar" :)