sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Desabafos das duas da manhã

Embora seja uma pessoa que goste de acordar cedo e aproveitar bem as manhãs, não posso deixar de admitir que a minha altura de maior produtividade, pelo menos a nível de trabalhos, é a noite. E não falo de depois de jantar ou assim que o sol se põe: é mesmo a partir das dez ou onze da noite, em que as minhas razões para procrastinar vão diminuindo porque nas redes sociais o meu pessoal vai terminando o seu dia.
 Por outro lado, é um pequeno prazer meu o som das teclas a serem carregadas à medida que estou a escrever um texto (como neste preciso momento) e em Lisboa esta altura é a mais silenciosa do dia, por isso consigo ouvir esta "música para os ouvidos" melhor. Pensando nisso, talvez esse pormenor também explique a minha produtividade em bibliotecas...
 Ainda não estou a escrever a tese (vou só ignorar esse bicho papão mais uns tempinhos), mas a minha orientadora no local de estágio tem-me designado, a mim e ao outro estagiário, alguns trabalhos de casa.
 Se me dissessem há um ano atrás que iria discutir artigos ou elaborar uma apresentação no meu local de estágio eu acho que iria panicar e sofrer por antecipação para um canto. Pior, se me dissessem há um ano atrás que eu iria fazer estas tarefas com gosto e nostalgia eu iria achar que me tinha sido feita uma lavagem cerebral qualquer...
 Mas a verdade é que quando nos apercebemos que provavelmente nunca faremos uma determinada coisa outra vez na vida, parece que de repente se esvaem todos os sentimentos negativos e a coisa nem parece assim tão má; começamos até a apercebermos-nos do lado positivo dela. E o lado positivo dos trabalhos é que aprendo imenso sobre determinada doença quando leio 7 artigos científicos  e 5 capítulos sobre ela. Apercebi-me disso ao hoje "contrariar" a opinião de um veterinário, pois o meu conhecimento sobre o assunto estava bem fresco e assimilado. A sensação de alguém vos agradecer pela informação e vos congratular pelo esforço é impagável.


Tenham um óptimo fim de semana!

Com amor,
A Marquesa

 

2 comentários:

Querido marquês ou marquesa, sente-te à vontade para "opinar" :)